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Violência: professora da UNIVASF é agredida por ex-companheiro e clama por justiça

Na última sexta-feira, 1º, a professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, Amanda Figueiroa, foi espancada pelo namorado, na presença de sua própria filha. O agressor, Teócrito Amorim, já está preso na Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes, em Petrolina, e ameaçou, caso seja solto, matar a professora e sua filha.

Além dos fortes hematomas, o psicilógico também foi ferido. Mas ainda assim, a vítima teve coragem e fez a denúncia.

“Ele só parou de bater porque fingi que estava desacordada. Quando ele pensou que eu estava morta, logo se arrependeu e pediu perdão. Fui tentando acalmá-lo e convenci que ele me trouxesse ao hospital. No caminho, ele tentou me comover, pediu que eu não denunciasse, falou que seríamos felizes juntos. No momento em que ele saiu para buscar meus documentos, pedi para que o médico chamasse a Polícia”, contou Amanda.

Amanda teve alta ontem, 04, de um hospital particular na região central de Petrolina. Ela toma medicamentos para dor e, felizmente, não sofreu lesões graves no crânio. Os dois namoraram cerca de quatro meses e, desde o fim do ano passado, ele começou a apresentar um comportamento agressivo. Amanda chegou a representar contra o namorado na Delegacia da Mulher, conseguiu uma medida protetiva na qual proibia que ele se aproximasse a 200 metros de sua casa, mas nada foi cumprido pelo agressor.

“Nós tínhamos planos de casar, morar junto. A gente nunca acredita que vai chegar a esse ponto. Os familiares dele já pediram para retirar a queixa, mas não é uma questão de vingança ou raiva. Primeiro é uma questão de segurança, depois de Justiça. A gente não pode se calar diante das situações e nem ser conivente com isso. O silêncio é a conivência”, fala.

DADOS ESTATÍSTICOS

A Fundação Perseu Abramo, em parceria com o SESC, coletou uma série de informações sobre o problema. Confira os resultados:

Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica;

Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência;

52% acham que juízes e policiais desqualificam o problema;

Uma em cada cinco mulheres diz já ter sofrido algum tipo de violência por parte de homem, conhecido ou não;

O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais de 80% dos casos reportados;

O medo continua sendo a razão principal para evitar a denúncia dos agressores.

Para as mulheres que têm receio de de denunciar, a professora chama a atenção de todas para não se calar diante do problema. “Eu espero que as pessoas tenham coragem porque a gente não pode esperar o dia de amanhã. Se na primeira denúncia ele tivesse sido preso, talvez eu não estivesse aqui nessa situação. Eu também desejo que as autoridades entendam que uma lei existe e que precisa ser cumprida rigorosamente e cobrada pela sociedade. Eu não tenho vergonha, nem medo de me expor, o que eu tenho é um desejo muito grande de dizer às pessoas que não se calem diante de situações como essa”, explica.

REPERCUSSÃO

Nas redes sociais, o caso de Amanda foi bastante repercutido, e muita gente compartilhou a imagem do agressor, demonstrando indignação e repúdio à atitude covarde.

Portal ZAP com informações de Josélia Maria

 

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