Silas Câmara é eleito presidente da Bancada Evangélica
A escolha, por aclamação, ocorreu em uma reunião-culto na Câmara
A bancada evangélica da Câmara chegou a um consenso nesta quarta-feira (27) e elegeu como seu novo presidente o deputado Silas Câmara (PRB-AM). A escolha, por aclamação, ocorreu em uma reunião-culto na Câmara e foi confirmada ao JM Notícia.
Silas Câmara é irmão do pastor Samuel Câmara, presidente da Convenção da Assembleia de Deus do Brasil (CADB) e da Igreja-mãe em Belém (PA).
Silas Câmara é pastor evangélico da igreja Assembleia de Deus, empresário e político brasileiro nascido no Acre, mas com carreira política no Amazonas.
FRENTE FORTALECIDA
Com a escolha, a bancada deixa o processo fortalecida e com um discurso renovado de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Entre os assuntos sensíveis à bancada evangélica estão o projeto Escola sem Partido (para eliminar a doutrinação ideológica nas escolas), o Estatuto do Nascituro, o Estatuto da Família (que reconhece como família apenas a união “entre um homem e uma mulher”) e a abordagem pela educação de temas ligados a gênero.
UNIDADE
O bloco evangélico vinha se engalfinhando em um racha inédito entre seus integrantes, que em geral se uniam em torno de um único nome, sem candidatos. Neste ano se inscreveram seis: os novatos Cezinha de Madureira (PSD-SP), Glaustin Fokus (PSC-GO), Flordelis (PSD-RJ) e Abílio Santana (PR-BA), mais o veterano Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), ligado ao pastor Silas Malafaia.
Na reta final, porém, todos se renunciaram com um discurso de que a frente precisava de unidade. É como o deputado Fokus disse ao retirar seu nome do páreo: “Estou vendo clima de disputa, para não dizer hostil. Que papai do céu possa trazer paz a esse ambiente”.
Precederam a eleição pistas de que Silas Câmara, deputado há duas décadas, seria mesmo o nome capaz de pacificar o clima descrito dias antes por uma assessora como de “tiro, porrada e bomba”.
Marco Feliciano (PODE-SP), ausente por conta de uma cirurgia na boca, divulgou uma carta aberta em que ameaçava deixar a bancada religiosa “no caso da escolha não ser consensual”, com um adendo: “Não serei o único”.
“Temos inimigos suficientes lá fora que já nos rotulam de fisiologistas, sugerem luta pelo poder por parte de líderes religiosos, chegam ao extremo de maldosamente falarem que o DEM já tão prestigiado no governo quer também assumir até a frente.”
JM Notícia