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O Sal da terra

Estava observando o mar nestes dias, esperei o que Deus falaria comigo ali, pois Ele mesmo se manifestou para Moisés…

Estava observando o mar nestes dias, esperei o que Deus falaria comigo ali, pois Ele mesmo se manifestou para Moisés e para o seu povo no Mar Vermelho lá em Gênesis. Talvez Ele me falasse das ondas ou dos ventos…

Quem sabe Ele me chamasse a atenção para a pescaria ou para o crepúsculo, pois esta era a hora em que Ele costumava conversar com Adão no Éden, em momento particular de relacionamento e aprendizagem das coisas reino. Mas, o que veio mesmo em meu espírito e mente foi o “sal” que vinha do mar. Interessante a bênção que é o sal para a humanidade desde os tempos mais remotos.

A Cultura do Saldownload

O sal que conhecemos hoje tem sua origem no mar, o qual detém naturalmente o equivalente a 30% de cloreto de sódio. Uma outra fonte de salinização vem das minas (rochas) de sal, que logo depois de um processo de refinaria chega ao mercado para o nosso consumo. Seja pela evaporação, seja pela refinação, o sal chega em nossas mesas para fazer a diferença no universo da culinária e no mundo da agricultura.

Israel, desde o pentateuco, já praticavam em sua cultura o uso do sal. E os egípcios armazenavam a sua comida, salgando-a. Já na idade média, o sal era escasso e precioso, por isso valia até como parte de pagamento em negócios. Os romanos usavam o sal para pagar os soldados de seus exércitos, daí a palavra “salário”.
A preciosidade do sal provocou grandes explorações, monopólios e até guerras entre reinos e nações da Europa e da Ásia, desde antes de Cristo até o século 20.

O Sal e a Lei de Moiséscordeiro

Não foi um bom relato a primeira vez que a Bíblia mencionou o sal, pois foi uma fatalidade a história em que a mulher de Ló, em desobediência, volta o seu olhar para trás, para as cidades de Sodoma e Gomorra, as quais deveria esquecer-se. Mas, ela pereceu em vida, transformando-se em estátua de sal. (Gen. 19:26).

Na Lei de Moisés, o sal era um item comum em todas as ofertas de manjares as quais Deus lhe ordenara ao povo. Ele ordenara que podia faltar o fermento até o mel, mas Deus não permitiria faltar o SAL DA ALIANÇA. As ofertas de manjares representavam A PURIFICAÇÃO DE PECADOS.

“E todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; e não deixarás faltar à tua oferta de alimentos o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal”. (Lev. 2: 13). Deus estava preocupado com o tempero da oferta.

A Aliança de Sal, uma aliança de paz

Deus fez uma aliança de sacerdócio perpétuo com o seu povo, desde que se irou e mandou que seus sacerdotes matassem todos os vinte e quatro mil filhos de Israel que havia se prostituído com as filhas de Baal, as moabitas. (Números 25:3).
Retirada a sua ira, fez uma aliança de paz com o seu povo (Números 25:12-13). Esta aliança fora lembrada quando das regras para as ofertas de manjares lá em Levítico. “O sal da aliança do teu Deus”, remonta que as ofertas agradáveis ao Senhor, deveriam sempre ter o uso do sal para lembrá-los daquela aliança de paz.

“Portanto dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz; E ele, e a sua descendência depois dele, terá a aliança do sacerdócio perpétuo, porquanto teve zelo pelo seu Deus, e fez expiação pelos filhos de Israel”. (Num. 25:12-13). Ver também Levítico 2:10-15.

É um sinal contundente de que a aliança de sacerdócio perpétuo estava se referindo à Nova Aliança que viria em seguida através do sacrifício único de Cristo na Cruz como oferta eterna de paz. Esta é a diferença num mundo vil de guerra, injustiça e terror, sinalizando que há paz e justiça para sempre em seu novo reino.

As Qualidades do Saltipos-de-sal

Todos nós já experimentamos uma comida sem sal, não é verdade?? É desagradável. Por isso, que aos olhos de Deus o sal é agradável (Lev. 2:13); (Lucas 14:34); O Sal tem a propriedade de conservar, limpar, sarar, não putrificar ( Ezequiel 16:4); E, dentre outras coisas, ele também tempera o alimento (Jó 6:6); Por último, os minerais que formam o sal, também servem para cultivar a terra, fonte de alimentação para a humanidade. Ser sal da terra tem a sua importância. Quando somos diferentes deste mundo, somos sal, quando somos igual ao mundo não fazemos nenhuma diferença, nem para o mundo, nem para o reino de Deus.

O Sal e a Graça

Jesus também mencionou o SAL em sua missão na terra. Ele estava falando aos seus discípulos e demais seguidores naquele conhecidíssimo Sermão da Montanha. Jesus estava falando do reino dos céus, o que viria de bem aventurança para quem estava ligado na terra. O reino dos céus começa na terra!FLOR_DO_DESERTO8

Ele sabia que o sal tem propriedades de cultivar a terra. Os sais minerais são absorvidos pelas raízes dos vegetais, mas são limitados. O ambiente que não tiver sais minerais necessários para as plantas não servem para o cultivo do solo. Ao perder os seus valores nutritivos, o sal não serviria para o solo, as plantas e suas raízes, senão somente para ser pisado e desprezado pelos homens. A insipidez gera desvalorização, porque não apresenta mais interesse, nem mais sabor, e para nada mais serve, nem para o cultivo.

Quando nos conformamos com este mundo, estamos deixando de ser sal. Sagrado é sagrado e profano é profano e ponto final! Cristãos, se não forem diferentes, a cruz não faz sentido algum para o mundo. O mundo desconsidera o cristão que não faz a diferença para esta terra. Não há o que respeitar, nem levar a sério quando aceitamos o tempero de pecado do mundo. Não há riqueza de solo, nem raízes fortes, não há frutos, nem plantio. É sequidão da cultura de Cristo.

Mas, Jesus estava empregando um exemplo de sua cultura, a linguagem da Nova Aliança. Jesus representa a diferença entre a maldição e a bênção! As ofertas de sal da Antiga Aliança, geravam sacrifícios que foram substituídos de vez pela Cruz. Ele fez a diferença para perpetuar a aliança de sal (de paz e de justiça) de nosso Pai. A raiz de nossa fé está alicerçada nesta Rocha. Não precisamos mais pagar com sacrifício algum. Jesus consumou tudo! Pela graça somos salvos. (Ef. 2:5).

Quando Ele disse que nós somos o sal da terra, temos que dar valor ao sacrifício da Cruz. Sem Cruz não há diferença nenhuma para este mundo. Sem Cruz não há um reino de justiça. Sem Cruz não há salvação em nada mais!! Sem Cruz não há remissão de pecados.

Conclusãoimages

Como sal, devemos perpetuar a cultura do reino de Cristo neste século. A terra precisa de sal, ou seja de PURIFICAÇÃO. Sal significa preciosidade, significa aliança perfeita, significa fortalecimento de cultivo na terra. E, cultivo é o mesmo que cultura, fecundidade e multiplicação da graça de CRISTO!! A graça de Cristo é fonte voluntária de purificação, oferta eterna de paz, amor e de perdão. JESUS INFLUENCIOU ESTE SÉCULO COM A CULTURA DO CÉU! Espalhemos o tempero de Jesus como o sal que se espalha pelo mar.

Como sal somos diferentes por causa de Cristo. Somos de Paz e não de guerra. Somos do amor e não do ódio. Somos da vida e não da morte. Somos da luz e não das trevas. Por fim, somos diferentes porque não somos do reino deste mundo, e sim, do Reino dos Céus.

Como vimos, não é a terra que influencia o sal, mas é o sal que influencia a terra. E Assim, não é o mundo que influencia a igreja, é a igreja que influencia o mundo. É isso que o mundo espera de nós: frutos do espírito, aquilo que faz a diferença. Se não formos sal não serviremos para nada que seja propósito do céu aqui na terra.
Mas, como sal, seja bem vindo à Cultura do Reino de Cristo!

“As opiniões e textos aqui publicados são de total responsabilidade dos autores”

autor

Claudio Santos

Claudio Santos

Líder fundador do Movimento Adore Days no Brasil. Com 30 anos de vida cristã, Claudinho, além de pastor é músico, conferencista e conselheiro cristão. Coordenador e Voluntário das Missões Adore na Amazônia. Diretor da Escola de Missões Adore. Casado, pai de duas lindas princesas, Claudinho, como é mais conhecido, adota o método não tradicional da escrita para levar a verdade do evangelho aos amigos leitores.

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