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Igrejas trocam TV por rádio e internet por causa da crise e queda nos dízimos

A crise econômica está afetando toda a economia e isso inclui também a arrecadação de muitas igrejas evangélicas, como a Mundial do Poder de Deus, a Plenitude, a Internacional da Graça e outras menores ligadas à Assembleia de Deus.

Isso está causando mudanças no tipo escolhido de evangelização: muitas linhas religiosas estão começando a trocar os altos custos da “televangelização” –o aluguel ou compra de horários em TVs– pela “radio-evangelização”.

O volume de dízimos e colaborações tem caído por causa da crise e do desemprego. Algumas igrejas, como a Universal, decidiram se “reposicionar” no mundo da TV.

A igreja de Edir Macedo, por exemplo, decidiu reduzir drasticamente seus gastos com compra de horários. Já abandonou a TV Gazeta e em janeiro deve deixar também a grade da RedeTV. É possível ainda que abandone ao final do atual contrato a Band e deixe de arrendar o canal 21 (UHF).

A Internacional da Graça, de R.R.Soares, está sendo afetada não só na arrecadação de dízimos, mas também na sua operadora de TV paga, a Nossa TV, que vem perdendo assinantes aos milhares.

Tanto a Universal como a Internacional da Graça decidiram focar suas baterias para as rádios AM e FM que possuem país adentro.

O mesmo está ocorrendo com a Mundial de Valdemiro Santiago, cujos emissários estão procurando novas rádios para arrendar no interior de SP, de Minas e do Matro Grosso do Sul.

A Mundial tem dois canais de TV que podem ser vistos por TV digital ou parabólica (ou e operadoras), e também tem a 91,7 FM em São Paulo. Mas agora focou em rádios convencionais e por streaming (internet), e procura se expandir.

Outra igreja que foi afetada pela crise econômica foi a Plenitude do pastor Agenor Duque.

A igreja, que já esteve bastante presente na TV convencional, agora aposta no Facebook, no YouTube (43 mil inscritos) e em uma rede de rádios em SP e em outros Estados.

No ano passado, Duque chegou a lançar um desafio aos fiéis, para que doassem no total R$ 3 milhões por mês para bancar o canal de TV. Não obteve o sucesso esperado, mas se adaptou para levar sua pregação por outras mídias.

Fonte: Coluna de Ricardo Feltrin – UOL

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