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“Depois de 50 anos em uma cadeira de rodas, ainda ando com Jesus”, diz evangelista

Hoje Joni Eareckson prega o Evangelho para outros deficientes e acredita que a limitação física amadureceu sua fé.

Joni Eareckson comentou como se sente ao refletir sobre os últimos 50 anos. (Foto: Reprodução).
Joni Eareckson comentou como se sente ao refletir sobre os últimos 50 anos. (Foto: Reprodução).

No dia 30 de julho de 1967, uma adolescente foi com sua irmã para uma praia na baía de Chesapeake (Virgínia – EUA) e sofreu um acidente de mergulho que a deixou quadriplégica. Hoje, Joni Eareckson lidera um ministério internacional voltado para pessoas com deficiência, além de ser uma grande evangelista e autora de best-sellers. Este fim de semana marca o aniversário de 50 anos do acidente.

Em entrevista para o site Christianity Today, ela comentou sobre como Deus tem trabalhado por meio de sua vida nas últimas cinco décadas. “Quando jovem eu era tão distraída, fascinada, apaixonada. O mundo estava bem na minha frente e eu tinha tantas opções. Se eu pudesse voltar ao passado, eu me pegaria pelos ombros e diria: ‘Olhe para mim, Joni. Ame mais Jesus, obedeça-o mais. Acompanhe-o mais de perto. Não tome suas próprias decisões sem falar com Deus’”, disse.

Ela comentou como se sente ao refletir sobre os últimos 50 anos. “No dia seguinte ao acidente eu estava lendo 1 Pedro 5:10, onde o autor diz: ‘E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória, depois de havemos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe, confirme, fortifique e estabeleça’. Sinceramente, eu estou impressionada com os últimos 50 anos”, ressaltou.

“Acredito que Deus faz isso quando finalmente amamos mais Jesus, quando o seguimos de perto. Talvez Ele apague todo o horror, todo o desespero, toda a depressão do passado quando aprendemos a confiar em Deus. Ele lança fora todos os terríveis momentos de angústia, e traz os momentos de esperança, paz e crescimento. Quando recordo sobre esses 50 anos, vejo o trabalho de Deus. Isso é muito emocionante. Depois de todo esse tempoem uma cadeira de rodas, ainda ando com Jesus”, contou.

O processo de superação

“Quando me vi deficiente, só queria sair da minha cadeira de rodas. Eu queria andar novamente, queria ter mãos que funcionavam. Então eu segui muitas práticas, fui ungida com o óleo, fui aos anciãos, confessei pecados. Eu chamava meus amigos no telefone e dizia: ‘Da próxima vez que você me ver, eu vou ficar de pé. Tenha fé comigo, acredite comigo’. Também fui em homens que tinham o dom de cura”, ressalta.

“O lugar estava cheio. Havia várias pessoas e eu estava sentado na seção de cadeira de rodas. Eu estava assistindo Kuhlman pregar, testemunhos foram compartilhados. Então, os holofotes se concentraram no canto do salão onde as curas estavam acontecendo e meu coração começou a bater mais forte. O foco mudou para outro canto, e eu estava ficando mais animada, pensando que talvez o foco venha para a seção de cadeira de rodas. Mas não aconteceu. Percebi que estava errada e que a Bíblia deveria falar mais sobre isso”, contou.

“Comecei a ver as prioridades de cura de Jesus de maneira diferente. O mesmo homem que curou mãos e olhos cegos é também aquele que disse: ‘Se essa mão faz você pecar, retire-a, ou se esse olho o desviar, tire-o’. Deus está interessado em uma cura mais profunda. Realmente há coisas mais importantes na vida do que andar. Há coisas mais importantes na vida do que ter o uso de suas mãos. E isso é ter um coração livre do controle do pecado, orgulho e egocentrismo. Não estou dizendo que eu cheguei nisso, pois tenho um longo caminho a percorrer, mas estou a caminho, e esse é um sentimento muito bom”, finalizou.

Guiame

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