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Cresce o número de páginas cristãs e conservadoras bloqueadas pelo Facebook

Alegando que as páginas promovem `discurso de ódio´, o Facebook tem bloqueado cada vez mais perfis e páginas cristãs e conservadoras

Um número crescente de cristãos e conservadores estão sendo alvo de censura no Facebook.

Como exemplo desta onda de censura, na semana passada, o Facebook mais uma vez baniu a popular blogueira norte-americana Elizabeth Johnston, também conhecida como “The Activist Mommy” (“Mamãe Ativista”), que mais tarde chamou a ação de “erro”.

“Aparentemente, aborreci a ‘Polícia do Pensamento’ no Facebook com algo que publiquei”, disse Johnston à CBN News na última segunda-feira (20). “Quando cliquei no Facebook para postar algo na última quarta-feira, não pude postar e fui notificada de que havia sido banida por causa de ‘discurso de ódio’. O Facebook se recusou a me dizer o que eu postei que seria ‘odioso’, então como posso me prevenir de cometer uma infração no futuro?”.

Johnston, que tem mais de 600 mil seguidores no Facebook, costuma falar sobre questões sociais controversas, como a homossexualidade e o currículo pornográfico da Educação Sexual das escolas públicas.

O Facebook emitiu um “pedido de desculpas” a Johnston, depois de excluí-la.

“Lembram-se de como o Facebook me baniu da minha plataforma por ‘discurso de ódio’ esta semana, mas não podia me dizer o que eu fiz que era odioso? Acho que não era tão odioso depois de tudo”, postou Johnston. “Eles se desculparam”.

“Um de nossos sistemas de detecção sinalizou erroneamente seu conteúdo e o publicou”, diz o pedido de desculpas enviado pelo Facebook a Johnston. “Nós restauramos o conteúdo e pedimos desculpas pelo inconveniente”.

Esta não é a primeira vez que Johnston foi bloqueada da plataforma de mídia social. Em 2017, o Facebook fechou sua conta por expressar visões bíblicas sobre a homossexualidade.

Ela argumentou que a Bíblia não condena a homossexualidade e citou escrituras do Velho e Novo Testamento para embasar sua opinião. O Facebook rapidamente removeu o post e suspendeu a conta de Johnston em três ocasiões diferentes. A plataforma de rede social disse a Johnston que seu post não “seguia os padrões da comunidade do Facebook”.

O Facebook finalmente pediu desculpas e restabeleceu a conta de Johnston depois de ser muito criticado pelo bloqueio à blogueiro.

“Discurso de ódio”?

Outros conservadores também acusaram o Facebook de censura e preconceito.

Universidade ‘Prager’, uma organização sem fins lucrativos que cria vídeos com visões políticas conservadoras, publicou no Twitter: “Estamos sendo fortemente censurados no @Facebook”.

Segundo a universidade, o Facebook excluiu pelo menos dois vídeos, depois de rotulá-los como “discurso de ódio”. Um dos vídeos aborda a necessidade de os homens serem masculinos novamente.

O Facebook não disse por que o vídeo, que não é de forma alguma violento ou odioso, foi retirado ou rotulado como tal. E não são apenas vídeos que estão sendo bloqueados.

O diretor da página ‘Prager U’, Will Witt explica: “Nossos últimos 9 posts foram completamente censurados, alcançando 0 de nossos 3 milhões de seguidores. Pelo menos duas das nossas postagens em vídeo foram excluídas ontem à noite por ‘incitação ao ódio’, incluindo uma postagem de nosso recente vídeo ‘Milenar Conservador, Torne os Homens Masculinos Novamente”.

“Essa é a primeira vez para nós”, diz Craig Strazzeri, diretor de marketing da ‘Prager U’.“Embora tenhamos sofrido discriminação flagrante do Google / YouTube, e é por isso que entramos com uma ação legal contra eles, isso representa um nível totalmente novo de censura do Facebook. Neste momento, o Facebook forneceu pouca clareza, dizendo que nos dará um retorno em mais dois ou três dias úteis, o que no mundo das mídias sociais pode muito bem ser uma eternidade”.

“A evidência mostra que eles estão restringindo visões conservadoras em sua plataforma”, disse Witt em entrevista à Fox News.

Sem liberdade de expressão

Em outro caso, um professor de teologia foi banido pelo Facebook em junho depois que ele criticou um vídeo sexualmente sugestivo promovendo a homossexualidade para crianças.

“Este vídeo celebra a perversidade sexual, não a ‘diversidade sexual”, disse o Dr. Robert A.J. Gagnon do Seminário Teológico de Pittsburgh.

O Facebook supostamente proibiu Gagnon de postar algo durante 24 horas e avisou-o de que futuras ofensas resultariam em suspensões mais longas.

“A verdade é que o Facebook pertence e é administrado por esquerdistas radicais que intencionalmente mantêm as diretrizes da comunidade muito subjetivas e vagas, o que lhes dá poder ilimitado para silenciar e marginalizar qualquer pessoa cuja voz queira desligar”, disse Johnston. “A esquerda teme a nossa voz porque estamos efetivamente persuadindo e desmantelando suas mentiras sobre o aborto, a homossexualidade, o islamismo, o feminismo radical e uma série de outras questões que são um ataque total aos nossos valores cristãos”.

Enquanto isso, Johnston diz que ela não será intimidada em silêncio.

“Acho tudo muito engraçado e embaraçoso para os CEOs do Vale do Silício”, disse ela. “Quanto mais eles nos silenciam, mais as pessoas querem ouvir o que temos a dizer. Então, prossiga, povo de Deus. Seja mais ousado e mais forte do que nunca. Você tem o Deus do céu do seu lado!”

A psicóloga paranaense Marisa Lobo teve seu perfil no Facebook bloqueado, após denunciar a exposição do Santander Cultural, que promovia a pedofilia, zoofilia e ideologia de gênero. (Imagem: Guiame)

No Brasil

Tempos antes desta crescente onda de censura nos Estados Unidos, alguns exemplos desta repressão já estavam acontecendo também no Brasil.

Em setembro de 2017, a psicóloga especialista em Direitos Humanos, Marisa Lobo teve seu perfil do Facebook bloqueado, após denunciar a exposição “Queer Museu”, realizada pelo Santander Cultural e conhecida por promover a pedofilia e ideologia de gênero.

Procurada pela equipe do Guiame na época, Marisa Lobo destacou que se sentiu “amordaçada” e com sua liberdade de expressão ferida, após seu perfil ter sido bloqueado em razão de uma denúncia tão séria.

“Amordaçada, estou me sentindo na Venezuela. Falamos que vivemos em um país democrático por direito, quando a verdade é que vivemos monitorados, vigiados o tempo todo”, disse Marisa.

Fonte: Guia-me / com informações da CBN News – Imagem: Cosas práticas

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