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Com apoio de pastor, homossexuais movem ação contra igreja que recusou casamento gay

casamento-gayDois homossexuais que frequentam uma congregação da Igreja Metodista Unida (UMC, na sigla em inglês) na cidade de Winston-Salem, Carolina do Norte (EUA), apresentou uma queixa contra o pastor por ele não realizar a cerimônia de seu casamento gay.

A Green Street United Methodist Church anunciou a queixa contra o seu pastor sênior, Kelly Carpenter, aberta por Kenny Barner e Scott Chappell. No entanto, a iniciativa dos homossexuais contou com o apoio do próprio Carpenter.

Antes disso, o casal afirmou que havia isso vítima do não cumprimento das regras da igreja por parte do pastor, dizendo que a recusa na realização do casamento gay era um “um grande dano espiritual” para eles.

No entanto, de acordo com o site Christian Headlines, a ação parece ser um esforço coordenado pelos dois homossexuais e o próprio pastor, que revelou-se favorável ao casamento gay.

Há poucos dias, Carpenter declarou que a proibição da realização de casamentos gays nos templos da denominação havia resultado em um aumento da frequência dos membros nos cultos dominicais.

Barner é presidente do Conselho de Liderança da congregação, enquanto Chapell é diretor-executivo do ministério de serviço social da igreja.

Desde 2009 a Green Street United Methodist Church aceita membros LGBT e tem participado da Rede de Ministérios Conciliar, um grupo de ativistas da UMC que procuram mudar a política da denominação em relação ao casamento e ordenação de homossexuais.

“A opinião política e cultural nacional está mudando rapidamente sobre a questão do casamento gay. Nossa igreja Metodista Unida falhou em liderar o caminho nesta luta pela igualdade, e mais uma vez tem que apanhar com a cultura”, afirmou o pastor Carpenter.

A denúncia do casal gay, em análise pela conferência regional da igreja, poderia agravar a questão controversa do casamento de pessoas do mesmo sexo dentro da denominação. A UMC afastou um pastor da Pensilvânia no ano passado por conta da realização da cerimônia de casamento de seu filho homossexual, mas o reintegrou no mês passado devido a um detalhe técnico.

Na semana passada, o Conselho de Bispos da UMC divulgou um comunicado reconhecendo “as divisões que existem” entre a igreja e alguns bispos sobre a “sexualidade humana”.

“A prática da homossexualidade é incompatível com a doutrina cristã”, afirma o Livro de Disciplina da UMC publicado em 2012. “Portanto, os homossexuais praticantes e autodeclarados não estão certificados como candidatos a serem ordenados como ministros, ou designados para servir na Igreja Metodista Unida”, diz o texto, que acrescenta: “Cerimônias que celebram uniões homossexuais não devem ser realizadas por nossos ministros e não devem ser realizadas em nossas igrejas”.

A UMC só poderia mudar sua posição sobre a homossexualidade através de uma Conferência Geral. A próxima está agendada para 2016, na cidade de Portland, no estado do Oregon.

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