Boate coloca Jesus crucificado como DJ e gera protestos
Clube noturno convida pastora DJ para noite de “dança e amor”
O empresário Ben Read, 29, comprou a boate Party Party em Botchergate, Carlisle, Inglaterra. Após uma reforma, colocou uma cruz na entrada principal e imagens de Jesus nos vidros. A placa anuncia “The Church” [A Igreja], mas não se trata de uma nova denominação.
As imagens de Jesus com os braços estendidos o retratam como um DJ, e as pessoas que entram ali não o fazem para pensar em Deus. Embora reformado, o prédio ainda é uma boate. O nome é uma sugestão que igreja é um lugar que reúne pessoas, mas neste caso, para dançar, beber e se divertir.
Read diz que não tinha a intenção de ofender os fiéis da cidade, mas está sendo criticado por vários líderes religiosos. O pastor Mark Sellers, da Igreja Exército de Salvação, acredita que colocar uma cruz na porta de um clube noturno menospreza a fé das pessoas.
“Não podemos impedi-los de fazer isso, mas me ofende. Não vemos Jesus como algo superficial em nossas vidas. É uma figura muito importante em nossas vidas e ver o símbolo da cruz usado desta forma humilhante é simplesmente errado. A sensibilidades religiosa das pessoas deveria ser respeitada, mas por alguma razão parece mais fácil para as pessoas atacar a fé cristã. Ninguém faz isso com uma mesquita… O sacrifício de Jesus e o símbolo da cruz para todos os cristãos… representa o momento mais importante de toda a história”, disse Sellers.
O padre Michael Docherty, líder da igreja Católica na região se diz triste em ver uma cruz na frente de uma boate. “Precisamos ser sensíveis ao simbolismo religioso. Esta imagem é um valor simbólico e um significado muito real para as pessoas. Se você olhar para as sepulturas, verá muitas cruzes, cada uma representando uma vida humana. Usar a cruz dessa maneira corrompe esse significado. Algo que deveria ser um símbolo do bem e da virtude está corrompido para trazer ganho material. Não me provoca raiva apenas tristeza”. Já o padre padre Jim Allen, da Igreja de Saint Bede é mais enfático: “Normalmente, o Maligno faz as coisas atrás de portas fechadas, mas parece que ele está mais ousado e não quer mais ficar escondido.”
Mesmo com toda a repercussão negativa, Ben Read não pretende mudar. “Se o nome e a cruz ofendeu as pessoas peço desculpas, essa nunca foi a minha intenção. Para mim, a cruz é apenas um pedaço de iconografia religiosa. Está na moda, é uma coisa presente em roupas e joias. Sim, meu negócio visa um lucro, mas a igreja é visto em muitas partes do mundo como um lugar onde as pessoas podem se reunir para ter um bom tempo. Não têm de ser associado apenas com a religião.
Perguntado por que ele escolheu o nome de Igreja, Read acrescentou: “Porque é legal, algo é peculiar. Eu não desrespeito dessas pessoas, mas vivemos em 2013 “. Ele disse que 95% das pessoas que frequentam o lugar acham que a escolha do nome para o novo clube foi positiva e sugere apoio.
Curiosamente, o pastor Matthew Firth, que serve como capelão na Universidade de Cumbria, na mesma cidade procurou o dono da The Church e ofereceu apoio, acreditando que “De certa forma, não somos mais um país cristão, por isso a Igreja tem a missão de abordar uma cultura secular, e se essa organização usa um símbolo cristão, isso abre o caminho para nos envolvermos com eles.” Ele acredita que o nome do clube que está chamando tanta atenção oferece uma oportunidade valiosa para os líderes da igreja se conectarem com os jovens da cidade que não procuram a igreja aos domingos.
Como resultado da conversa, o dono da boate chamou para uma noite especial a DJ Lorraine Dixon, da cidade de Brixton, que também é pastora. “Ela toca música para dançar e entre uma e outra fala sobre amor. Eu acho que isso é muito legal”, comemora Read. Com informações de News And Star, Urban Christian News e Times and Star.