Tradição católica não tem base bíblica, diz blog do bispo Macedo
A jornalista Vanessa Lampert fez críticas a visita papa Francisco ao Brasil
A decisão do Vaticano em conceder indulgências para que acompanhar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi motivo de críticas em um texto postado no blog do bispo Edir Macedo tendo a jornalista Vanessa Lampert como autora.
Ao falar que os participantes, até mesmo os que acompanharem pela internet, terão seus pecados perdoados o Vaticano, representado pelo papa Francisco, estaria enganando os fiéis segundo a visão da autora do texto.
Lampert critica a tradição católica sobre a punição dos pecados, dizendo que a visão do purgatório não tem base bíblica e afirma que este tipo de ensinamento mostra um atalho para o céu.
A jornalista entende que a ideia do Vaticano é oferecer indulgências em troca da popularização do evento, quanto mais pessoas assistirem, melhor será para a JMJ. “Trocando tickets rápidos para salvação por participação online na Jornada, a igreja católica garante que o evento terá o sucesso que a propaganda na mídia promete.”
Em outro ponto do texto Lampert questiona o direito que a Igreja Católica teria em liberar perdão para quem cometer qualquer injustiça. “Como um homem ou uma instituição pode me dar o direito de cometer a injustiça que eu quiser cometer e me liberar das consequências por acompanhar um evento? Talvez por isso os padres pedófilos não costumam ser punidos pela igreja (apenas transferidos para outras paróquias, onde podem fazer novas vítimas)”, critica.
O texto compartilhado pelo fundador da Igreja Universal do Reino de Deus afirma que “igreja nenhuma tem poder para perdoar pecados ou mesmo para negociar um lugarzinho no céu” e defende que tal prática não é realizada na IURD.
“Estou na Universal há treze anos e nunca vi ninguém comercializar a salvação ou o perdão de pecados, pelo contrário, sempre ficou claro que a salvação depende única e exclusivamente da entrega total ao Senhor Jesus, já que Ele é o único capaz de perdoar pecados”.
O dinheiro público gasto com o evento também é citado no artigo que tenta defender o Estado laico. “Permitir que seja tirado dinheiro dos cofres públicos de um país com tantos problemas quanto o Brasil é atender à justiça? É defender o direito do órfão? É pleitear a causa das viúvas? Um dos pré-requisitos para se obter a tal indulgência é rezar determinadas “preces” pelo papa…e eu me pergunto: se o papa realmente tivesse poder para perdoar os meus pecados, por que precisaria de minhas orações?”