“Só Deus tira a vida”, diz Feliciano sobre morte de Marco Archer
Deputado lamentou a morte de traficante na Indonésia
A execução do brasileiro Marco Archer, que morreu fuzilado na Indonésia neste sábado gerou diferentes protestos de políticos e autoridades. A presidente Dilma mostrou sua indignação mandando chamar o embaixador brasileiro no país, uma forma conhecida na diplomacia para mostrar insatisfação. Vale lembrar que Dilma Rousseff nunca se manifestou pela vida de milhares de cristãos perseguidos e mortos, inclusive brasileiros, no Oriente Médio.
Por sua vez, o deputado federal pastor Marco Feliciano usou as redes sociais para se manifestar sobre o caso. Ele lembrou que em março de 2013, quando estava na presidência da Comissão de Direitos Humanos, foi ao consulado da Indonésia e pediu clemência por Marco Archer e outro brasileiro que está preso no país asiático. Os dois foram condenados à morte por terem feito tráfico de drogas, conforme a legislação do país.
Feliciano lembra que jornalistas o criticaram por que “direitos humanos era para minorias” e que o deputado estava perdendo tempo. Quando falou com embaixador, o deputado explica que a pena de morte ficou suspensa naquele ano por conta de sua intervenção. O argumento principal é que havia no Brasil traficantes de drogas da Indonésia presos pelo mesmo crime de Marco Archer.
O problema é que a nova presidência da comissão de direitos humanos, que assumiu em 2014 não deu continuidade às ações de Feliciano. Pelo contrário, arquivou todas elas. Para o deputado esse foi um erro que pode ter custado a vida de Archer. Lembrou ainda que a imprensa também falhou em não dar maior cobertura ao caso.
“Se a imprensa brasileira tivesse se mobilizado. Se a imprensa houvesse trabalhado sobre o assunto, movesse a nação talvez Marco Archer estaria vivo ainda. Eu apelei para o então ministro Antônio Patriota, apelei para o Itamarati e eles simplesmente ignoraram! A imprensa brasileira agora vende a matéria… Expõe sem limites o assassinato do brasileiro. Afinal parece que é isso que todos querem ver”, escreveu ele.
Para Marco Feliciano, embora Archer tenha errado, não merecia a pena de morte. “Só Deus dá a vida. Só Deus tira a vida”, concluiu.