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Roberto Lucena se opõe à legalização de jogos de azar

Deputado evangélico diz que jogos “viciam e arruínam as pessoas”

roberto-lucena“A legalização dos jogos de azar no Brasil representará uma tragédia para o nosso país, a médio e longo prazo”. O alerta foi feito pelo deputado Roberto de Lucena (PV – SP), durante discurso no plenário da Câmara dos Deputados, na última semana.

O parlamentar deu a declaração ao destacar que há cerca de seis meses, 14 Projetos de Lei estão sendo analisados por uma comissão especial e todos eles têm um objetivo em comum, sendo reunidos em uma única proposta: legalizar os jogos de azar no Brasil.

Conhecido como “Marco Regulatório dos Jogos”, o conjunto de medidas tem a intenção de regular o funcionamento de modalidades, como cassinos, máquinas caça-níqueis, jogo do bicho e bingos no Brasil. Tais tipos de jogos são proibidos no país há cerca de 70 anos.

“Há uma força tarefa mobilizada no Congresso Nacional servindo a interesses diversos e que avança numa velocidade anormal, buscando a legalização dos jogos de azar, com ouvidos moucos para os argumentos contrários e sem disposição de ouvir a sociedade civil e considerar suas preocupações”, destacou Lucena.

“Quero chamá-los à reflexão. Não na perspectiva de uma agenda moral, mas na perspectiva de uma agenda social e econômica. Porque ainda não se apresentou um estudo sério, um relatório completo do impacto da legalização do jogo de azar na perspectiva social e econômica aqui nessa Casa?”, questionou.

O deputado também trouxe em seu discurso, dados importantes a serem considerados, antes que seja tomada uma decisão sobre a legalização dos jogos de azar no Brasil.

Lucena apresentou informações coletadas pelo estudo da economista Michelle Miltons para a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE/MF) dos Estados Unidos – país onde as modalidades em questão já são permitidas, ainda sob controle do governo norte-americano. Segundo a pesquisa, mais de 15 milhões de americanos sofriam de patologias associadas ao jogo já antes de 1999 (ano em que os dados foram apresentados).

Após esse estudo, a Comissão Nacional de Estudos de Impacto dos Jogos de Azar (NGSISC) recomendou uma moratória com o propósito de permitir que os parlamentares revisassem o que já havia sido aprovado e solicitassem análises de custo / benefício mais concretas antes de adotar novas iniciativas.

“O vício de jogar consiste em um sério problema de saúde pública. Só no estado americano da Geórgia, cerca de 380 mil pessoas de todas as idades e níveis socioeconômicos são afetadas. O custo do vício nos Estados Unidos corresponde a 40% do custo relacionada a problemas com drogas”, alertou.

“Assim, cabe perguntar: o que é ruim para Estados Unidos é bom para o Brasil? O jogo vicia, adoece e arruína as pessoas tanto quanto drogas como o álcool, a cocaína, o crack e tantas outras. Em 1992, o vício em jogos foi incluído na relação de patologias do Código Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa é mesmo uma prática que queremos estimular em nosso país?”, indagou o parlamentar.

Logo antes de seu discurso, Roberto de Lucena esteve reunido com representantes do Movimento Brasil Sem Azar – um grupo apartidário e supra religioso que tem se engajado em uma luta contra a legalização de jogos no país. A reunião realizou-se no gabinete de Lucena na Câmara Federal.

Para a liderança do Movimento, o assunto ainda não recebeu a devida atenção e essas propostas em tramitação precisam ser revistas antes de serem levadas à votação.

 

Gospel prime

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