PSC mantém Feliciano na liderança do partido e vai processar jovem
A estudante Patrícia Lelís acusa o deputado de assédio sexual
Nesta terça-feira (9) o Partido Social Cristão (PSC) decidiu não afastar o deputado Marco Feliciano do cargo de líder do partido na Câmara Federal e também anunciou que irá processar a estudante de jornalismo Patrícia Lélis.
Para a legenda, Lélis fez uma “falsa denunciação” de crime e precisa se responsabilizar por isso. A decisão do PSC tem como objetivo “defender a imagem do partido”.
Quem acompanha o caso desde a quarta-feira passada (3) sabe que a estudante afirmou ter sido estuprada pelo deputado evangélico. O crime teria acontecido em 15 de junho.
No boletim, porém, Patrícia afirma que o deputado tentou levantar seu vestido, como ela recusou a ter relações com ele, ela foi agredida até que uma mulher – não identificada – ouviu seus gritos e bateu na porta dando tempo para que Patrícia fugisse de Feliciano. O deputado nega as acusações.
Na sexta-feira (5) Patrícia foi ao 3º DP em São Paulo fazer a denúncia do crime e afirmou também que fora sequestrada por Talma Bauer, chefe de gabinete de Feliciano.
A polícia teve acesso às imagens do hotel e percebeu que havia amizade entre a suposta vítima e Bauer, descartando assim a possibilidade de sequestro e também de cárcere privado, uma vez que a estudante e outros amigos, inclusive seu namorado, saíram várias vezes do hotel para restaurantes e bares.
O caso cheio de reviravoltas será investigado pela polícia em São Paulo, a respeito da vinda da jovem brasiliense para a capital paulista, e lá em Brasília será investigado o suposto assédio sexual por parte de Feliciano que tem foro privilegiado.
O processo já está na mesa de Rodrigo Janot, Procurador Geral da República.