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Pastores acionam MP para retirar estátua de Iemanjá do Rio São Francisco

Pedido reabre debate sobre “Estado Laico”

download (5)O Ministério Público Federal recebeu de um grupo de pastores de Pernambuco, o pedido para retirada de duas imagens de candomblé do rio São Francisco.

Elas foram inauguradas há três anos na cidade de Petrolina e são chamadas de “protetores do rio”, a Mãe D’Água (Iemanjá) e Nego D’Água (espírito do rio). As estátuas são consideradas um desrespeito à separação de religião e estado, pois as águas do rio pertencem à União.

O movimento é liderado pelos pastores José Kenaidy e Jorge Ancelmo. “Discutimos internamente com pastores a questão da legalidade em relação ao código civil, do ponto de vista da laicidade e da questão religiosa. O grupo acabou não querendo entrar com a ação, então eu e o Ancelmo… entramos com um pedido junto ao MPF, porque consideramos o caso um agravo – uma ação feita, inclusive, sem licença ambiental”, declarou Kenaidy, que também é professor.

O presidente da União dos Pastores de Petrolina, Clayton Antônio, já afirmou a rádios da cidade ser contrário à iniciativa. O pastor Kenaidy frisa: “Não é uma questão de religião, é uma questão de legalidade e direitos civis. O ambiente público é para todos. O artigo 20 da constituição diz que o rio é um bem da União, e como bem da União isso é inadmissível”.

A assessoria de comunicação do Ministério Público Federal, relata que a solicitação foi apresentada oficialmente dia 6 de novembro e nesta segunda (9) chegou ao setor jurídico do órgão.

Desde sua instalação as imagens são alvos de controvérsias. Em setembro, o vereador Zenildo do Alto do Cocar (PSB) declarou: “Depois que colocaram a estátua, nunca mais choveu em Petrolina”. Com informações de Diário de Pernambuco

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