“O problema é quando a comida passa a ser para um refúgio”, diz pastor sobre gula
A ausência do pastor Márcio Valadão (Igreja Batista da Lagoinha) em sua apresentação no programa Profetizando Vida da Rede Super, o pastor Vinícius Zulato assumiu o comando do programa nesta semana. Na última edição, Zulato abordou o tema sobre a gula. Ele inicia explicando que o pecado é o maior obstáculo do homem.
“Eu acredito que talvez o maior obstáculo que o cristão pode encontrar nesse andar do caminho de vida seja o obstáculo do pecado. O pecado é algo tão terrível e nós sempre temos a tendência de pensar o pecado como não ‘faça isso’ ou ‘não faça aquilo’. E isso é muito bom. Mas a bíblia mostra para nós que o pecado é tudo aquilo que não procede do amor de Deus. O princípio fundamental que Jesus estabeleceu pra minha vida e pra sua vida é o seguinte: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo. Tudo aquilo que foge a essa perspectiva deve ser considerado pecado”.
Zulato continua sua explanação introduzindo a questão dos “pecados capitais”. “Se você estudar a Bíblia, você não vai encontrar sobre os sete pecados capitais, mas é uma forma na tradição da igreja para entendermos as raízes dos mais diversos tipos de pecado para que nós possamos fugir deles e poder viver uma vida abundante e saudável na presença do Senhor”, comenta.
O pastor relembrou o caso de quando a pastora Ana Paula Valadão sugeriu a prática do jesus para quem fosse gordinho. “Hoje eu quero falar com vocês sobre o pecado da gula. Eu me lembro que há algum tempo atrás, a pastora Ana Paula Valadão foi veemente criticada nas redes sociais porque ela propôs para os pastores que estavam mais gordinhos que eles deveriam jejuar. Ela foi criticada, mas ela está correta. O cristianismo não tem problema com a comida. Jesus era uma pessoa que gostava de comer. Ele gostava tanto que ele foi chamado de comilão e beberrão. As pessoas o censuraram”, ressaltou.
Para Zulato, a gula começa quando a comida toma um lugar acima de Deus em nossas vidas. “O problema é quando a comida toma um outro lugar nas nossas vidas. O problema é quando a comida começa a ser pra nos um refugio, um lugar de proteção. Pensa em quantas vezes a solução da minha ansiedade e da sua ansiedade não foi o alimento? Não foi o chocolate? Quando em vez de buscarmos a tranquilidade em nossas vidas, nós não buscamos no alimento esse lugar de segurança, paz e tranquilidade? E por muitas vezes isso acaba se tornando um ídolo”, pontua.
O outro lado da gula
De acordo com o pastor, cuidar demais do corpo pode ser um tipo de gula também. “Mas, não é apenas o excesso de alimentação que pode ser evidência da gula, não. O cuidado excessivo com o corpo também pode parecer pra nós gula, porque quando nós somos tão exigentes na nossa alimentação, para possuir o corpo X ou Y, o corpo perfeito para as outras pessoas, isso também é um lugar de idolatria. Isso também é um refúgio, um esconderijo que nós tentamos encontrar pra nossa alma”, disse.
“Nos vivemos em uma sociedade onde as pessoas praticam a gula apenas quando se utilizam excessivamente do alimento, mas também quando elas se privam do alimento para terem o corpo perfeito. O corpo sem nenhum tipo de estria, o corpo sem celulites, marcas ou gorduras. É um cuidado apenas em função de uma aparência. Nós precisamos tomar muito cuidado com isso”, comentou.
“Talvez você em busca do corpo perfeito esteja fazendo loucuras ou negligenciando sua saúde, entrando pelo caminho da anorexia ou da bulimia. Não é isso que o Senhor deseja pra nós. Ele deseja que a gente se alimente bem, que a gente desfrute do sabor da comida, de uma boa alimentação, mas sem que isso nos conduza a um desses dois extremos”.
“Se eu e você queremos nos ver livres desse caminho tão danoso, nós podemos praticar disciplinas que podem nos livrar disso. Uma delas é a gratidão. Sermos gratos por aquilo que comemos. Nos recebemos o alimento com ações de graça. você se alimenta e agradece a Deus. Uma outra forma de lidar com o alimento para nos vermos livres da gula é a pratica do jejum. Nós podemos usar o jejum como uma disciplina espiritual para tratar o nosso corpo, para lidar com a nossa carne”, finalizou Zulato.
Assista o vídeo na íntegra:
(Guiame)