MÚSICA

“Nossa postura como Igreja é receber e ouvir”, diz Fernanda Brum sobre homossexuais

Fernanda Brum e seu esposo, Emerson Pinheiro, comentaram sobre família, criação dos filhos e homossexualidade durante entrevista.

A cantora respondeu perguntas de Marcos Goes, cantor conhecido pela série musical "A Virgília". (Foto: Reprodução).
A cantora respondeu perguntas de Marcos Goes, cantor conhecido pela série musical “A Virgília”. (Foto: Reprodução).

A cantora Fernanda Brum foi entrevistada, juntamente com seu esposo Emerson Pinheiro, pelo cantor Marcos Góes na TV Teresópolis. Dentre os assuntos abordados, eles conversaram sobre a questão da homossexualidade e como a igreja deve proceder para com esse público.

Fernanda iniciou sua explicação: “Existem vários motivos que geram a oportunidade de um jovem tomar a decisão por uma opção sexual diferente. Mas, a nossa postura como igreja é sempre receber e ouvir. O primeiro passo é ouvir e receber. Eu não posso aqui em cinco minutos te levar os motivos para salvar o mundo. Mas, eu posso dizer para você que, se você não recebe um jovem que precisa conversar e se não ouvem esse jovem e se não fazem perguntas para esse jovem, se não fazem ele pensar. Se não tem um ombro, se não tem ninguém para chorar com ele. Se não tem um lugar para ele vir, ele nunca virá”, disse.

“Por outro lado você vai encontrar, em extremos, jovens que chegam confusos com relação a sua orientação sexual porque sofreram abusos. Você vai encontrar jovens confusos segundo a sua orientação sexual por causa de uma idolatria que tem pelo pai ou pela mãe. Muito jovem quer ser a mãe o quer ser o pai”, ressaltou a cantora.

Fernanda vai mais a fundo e exemplifica a questão de “configuração sexual”. “Crianças que foram configuradas sexualmente em seu primeiro tempo de libido e sensualidade, configuradas com o mesmo sexo. E ai ela foi configurada na sua primeira sensação assim. Tudo isso são caminhos”, comentou.

Expectativa pelo sexo

Seu esposo, Emerson, que já foi da banda cristã “4 por 1”, contou um acontecimento que o marcou. “Você quer saber o que eu já ouvi como pastor? A Fernanda também. Por exemplo, uma pessoa que criou tanta expectativa em cima do sexo, tanta. A menina criou tanta expectativa em cima do sexo que quando ela teve relação sexual com um homem, não era aquilo que ela esperava. Ela esperava mais e se frustrou. Foi querer buscar o outro lado para ver se tinha isso tudo pra ela. A propaganda do sexo, a pessoa cria tanta expectativa que se frustrou com o sexo oposto”, relatou.

Já Fernanda salientou que o discurso radical atrapalha. “O discurso radical imediato, ele não é um discurso que sara imediatamente. O que sara é o amor e o diálogo. É andar a milha. Não é repudiar”, disse.

Emerson completou: “Você amar a pessoa não significa que eu aprovo aquela prática. Mas, eu acho que você tem que estar aberto para amar e para ouvir, principalmente. As pessoas precisam ser ouvidas”.

Fernanda continuou: “Sempre tem uma história atrás dessas pessoas. Pessoas são histórias. É muito importante que a pessoa esteja na igreja porque ela está ali ouvindo a palavra, ela está ali no ambiente em que toda hora ela tem uma palavra de incentivo e de cura emocional”.

Para finalizar, ela relembra quando fez o clipe “Cura-me”. “Eu lembro de quando fiz o clipe ‘Cura-me’ e eu abordei vários assuntos. Inclusive fiz o clipe por causa de um ator que veio comigo do nordeste falando que todo dia quando ele terminava a peça dele, ele tirava a maquiagem, ele fazia uma drag, ele tirava a maquiagem ouvindo ‘Cura-me’. E não tem nada a ver com a cura gay. Eu estou falando de crise emocional de qualquer pessoa. De qualquer um”, finalizou.

Confira a entrevista a partir de 5:50

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