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Milhões passam fome no sudoeste da África; igrejas lançam campanha

Missão USPG trabalha para minimizar situação em Madagascar, Malaui e Zimbábue

africanas-orandoA agência missionária USPG, ligada à igreja anglicana, está fazendo um alerta sobre a situação de milhões de pessoas que passam fome por causa da escassez crônica de alimentos em Madagascar, Malaui e Zimbábue. Na maior parte desses países a seca resultou em colheitas fracassadas e as pessoas também carecem de água potável. Milhares de vidas são perdidas devido à desnutrição. A ajuda prometida pelas Nações Unidas não chegou na maioria das áreas afetadas.

A USPG está oferecendo apoio às igrejas anglicanas no sul da África. O coordenador de desenvolvimento da região de Toliara, em Madagascar, Gasthé Alphonse, desabafa: “As pessoas estão fracas e acabam indo dormir todos os dias sem comer. As crianças começaram a abandonar a escola por causa da fraqueza ou porque precisam caminhar muito para obter água potável”. Há uma rede de 70 igrejas rurais, onde a ajuda alimentar será distribuída a 7.000 pessoas, com prioridade para crianças e mulheres grávidas.

Devido à estiagem prolongada, que já dura quase três anos, muitas famílias venderam seus animais. Mas depois de um tempo voltaram a ficar sem recursos. “As pessoas estão comendo cactos para sobreviver e a maioria dos animais selvagens também estão morrendo de sede, não restando muitos para serem caçados”.

No início de novembro, a Igreja Anglicana de Toliara informou que 230 pessoas morreram e 15 mil crianças estavam sofrendo de desnutrição grave. O rio Mandrare está praticamente seco, o que impede que haja produção agrícola. Além da falta água e comida, as doenças se multiplicam.

No Malaui, onde cerca de 8,6 milhões de pessoas estão passando fome também por causa da falta de chuvas e a perca das colheitas, o financiamento da missão USPG possibilitará que as famílias mais vulneráveis recebam uma ajuda alimentar e recebam treinamento de como enfrentar desastres naturais.

A situação é crítica no sudoeste do continente africano. Uma resposta maior seria necessária para salvar vidas. A presença dos anglicanos é forte nesses países, mas os recursos são limitados.

No Zimbábue, a fome levou muitos agricultores a comer as sementes que deveriam plantar. Isso faz com que a escassez de alimentos seja ainda maior no ano que vem. Cerca de 70% da população já vive abaixo da linha da miséria. Calcula-se que são 2,8 milhões de pessoas correndo risco de morrer de fome e sede nos próximos meses. Os missionários da USPG estão atendendo 7.600 crianças de 3 a 7 anos em um programa de alimentação escolar.

Apesar dos esforços, as igrejas anglicanas reconhecem que ainda é muito pouco em face da grande necessidade. Eles pedem que os cristãos de todo o mundo orem pelo trabalho e também pelos milhões de pessoas que estão vivendo essa situação extrema. Com informações Charisma News

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