Malafaia detona secretário que falou em tributar dízimos das igrejas: “palhaçada”
“Se ele quer aparecer, mando uma jaca e uma melancia para pendurar no pescoço”, disse
Pastor Silas Malafaia, líder do ministério Vitória em Cristo reagiu à fala do secretário da Receita Federal Marcos Cintra chamando-o de “um tremendo palhaço” e disse que o secretário está querendo chamar atenção e tumultuar o governo. “Se ele quer aparecer, mando uma jaca e uma melancia para pendurar no pescoço”, disse. Segundo o pastor, a imunidade tributária a instituições religiosas, partidos e sindicatos é prevista na Constituição e apenas os parlamentares podem mudá-la: “Não é isenção ou uma leizinha que alguém propõe”.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo , Cintra expôs sua ideia de criar um novo imposto para simplificar a tributação no país, com ampla abrangência e o fim imunidades, recaindo inclusive sobre igrejas. Pela proposta, a Contribuição Previdenciária (CP), tributo que incidiria sobre todas transações financeiras com alíquota de 0,9% — rateado entre quem paga e quem recebe —, seria paga até por fiéis que fizessem doações. Nesta segunda (29), no entanto, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o secretário e afirmou, em vídeo publicado em suas redes sociais, que foi “surpreendido com a declaração”. “No nosso governo nenhum novo imposto será criado, em especial contra as igrejas”, afirmou.
“[A igreja,] além de ter um excelente trabalho social prestado a toda comunidade — reclamam eles com razão, no meu entendimento —, seria uma bitributação. Então, bem claro, não haverá um novo imposto para as igrejas”, emendou o presidente, que recebeu mensagem do pastor após o pronunciamento. “Tenho o telefone direto do presidente e mandei a mensagem: ‘esse boçal quer deixá-lo em saia justa diante da opinião pública, porque ele sabe o que está fazendo’”, revelou Malafaia, que ainda não teve resposta. “No fim do dia, ele sempre responde”, assegurou.
JM Notícia