Ludmila Ferber fala sobre a luta contra o câncer
“Eu estar de pé te dando esta entrevista é um milagre”, afirmou a pastora
Apesar de estar vivendo um período de luta contra um câncer no pulmão, a cantora e pastora Ludmila Ferber não perdeu a fé. Em meio ao tratamento, ela encontrou força em Deus para realizar mais um projeto musical.
Em entrevista exclusiva ao Pleno.News, Ferber mostrou que está forte e falou sobre as lutas, o aprendizado e também sobre sua gratidão pelo apoio que tem recebido dos amigos e de seus admiradores ao longo de mais de 30 anos de ministério.
O que você pode adiantar sobre o novo trabalho?
A princípio é um CD, mas a gente vai lançar primeiramente nas plataformas digitais. Há três anos que eu estou para gravar, mas várias circunstâncias impediram. Hoje eu creio que algo me fez esperar a hora certa. Esse projeto marca verdadeiramente um novo começo e um novo tempo na minha história.
Como está sendo gravar?
Eu estar de pé aqui te dando esta entrevista, quem conhece a fundo sabe que isso é um milagre. Gravar com uma condição no pulmão e cantar com a força que eu canto, que não mudou, é um milagre paralelo. Eu estou vivendo um milagre paralelo.
Quando você descobriu o câncer?
Foi em abril. Eu me submeti a uma biópsia no pulmão e receber a notícia foi um choque, a vida da gente fica de pernas para o ar. É difícil de explicar. Só entende quem passa por uma situação dessa, seja com você mesmo ou com alguém que você ama demais. Nessa situação você vê que precisa de um milagre sendo operado na sua vida ou na vida de quem você ama.
Quais sintomas te alarmaram?
Eu fui descobrindo aos poucos. Eu tinha apenas uma tosse seca, que incomodava as minhas filhas. Elas dizem que eu fiquei com a tosse durante uns 4, 6 meses, eu não lembro de ter sido tanto tempo assim. A gente vai vivendo e não presta atenção, não vê nenhum sinal, nada. Até que eu fui a um otorrinolaringologista e os exames mostraram que tinha alguma coisa fora do lugar, algo que não era tratável de forma simples.
Desde o início você quis compartilhar a notícia com o seu público?
As minhas filhas questionaram acerca de tornar isso tão exposto, mas falaram: “independentemente do que a gente pense, o que você decidir nós estamos te apoiando”. Eu as respeito muito, mas decidi que eu precisava tornar público, porque eu não me envergonho em nada disso. Não entendo que é um castigo, uma praga, graças a Deus não tenho essa cabeça. Quando a gente recebe uma revelação mais profunda sobre a graça, a gente deixa de julgar e de interpretar a dor e a luta que as pessoas passam.
Qual é o seu entendimento?
Deus, por algum motivo que eu ainda não sei, precisa que eu passe por esse caminho. Então, eu vou passar porque eu sou Dele. Ele está me guiando passo a passo. Eu creio que vou viver muitos anos para testemunhar algo maravilhoso. Não é fácil e eu não estou achando nada bacana estar vivendo isso. Mas se Deus é por nós, quem será contra nós? Então eu escolho Deus e a Sua vontade.
Quantas sessões de quimioterapia você já fez?
Fiz quatro sessões de quimio e eles estão estudando novamente o caso para ver qual será o próximo tratamento.
O apoio dos amigos está sendo fundamental?
Esse apoio de todos é fabuloso, é a Igreja se movendo. Só o Espírito de Deus para mover um batalhão de homens e mulheres que tomaram a minha causa para si. Isso não tem preço. Eu fico constrangida por esse amor e queria de alguma maneira recompensar cada pessoa que tira um pedacinho do seu tempo pelo meu milagre. Por isso, eu tenho pedido ao Senhor que Ele recompense a “cem por um” essas sementes de fé.
Qual mensagem você deixa para quem está passando por uma doença, um tratamento?
Eu quero que essas pessoas saibam que elas não podem desistir, porque o caminho do milagre tem começo, meio e fim. E o fim desse caminho é a consumação desse milagre. Não é que a gente só pegue o milagre lá na frente, é que a gente vai adquirindo muitas coisas espetaculares nesse caminho. E a cereja do bolo é o milagre. A gente só não pode é desistir.