Líderes religiosos apelam por acordo sobre mudanças climáticas
Mais de 150 autoridades religiosas do mundo inteiro pediram nesta terça-feira ao mundo que aproveite “a oportunidade única” que representam as atuais negociações para um acordo de luta contra as mudanças climáticas.
Em um apelo publicado em Bonn, onde delegações de 195 partes da Conferência sobre Mudanças Climáticas estão reunidas desde segunda-feira, os religiosos pediram que seja aproveitada esta ocasião única de “contribuir ao bem comum da Humanidade”.
A atual negociação deve desembocar na conferência de Paris sobre o clima (COP21), dentro de seis semanas, onde está prevista a aprovação do acordo final.
A mudança climática é uma “ameaça real para a vida”, explicou o comunicado.
“Pedimos aos governos que se comprometam a reforçar a resistência diante das mudanças climáticas, a proibir progressivamente as energias fósseis e a parar de emitir gases com efeito estufa até 2050”, indica o texto, assinado por autoridades cristãs, muçulmanas e budistas.
Os 154 signatários também pedem aos países ricos que deem “um apoio audaz aos países e povos menos ricos em recursos e competências, começando pelos mais vulneráveis”.
Entre os signatários figura monsenhor Pedro Barreto Jimeno, da Igreja católica peruana, o pastor norueguês Olav Fykse Tveit, secretário-geral do Conselho Ecumênico das Igrejas, o arcebispo Thabo Makgoba da Igreja Anglicana da África do Sul, o imã Tayyib Mian (Noruega) e o tailandês Sulak Sivaraksa, da rede internacional de budistas comprometidos.
Em junho, o papa Francisco publicou uma encíclica sobre as mudanças climáticas, na qual criticou o consumismo, a fascinação pelas tecnologias e a dívida ecológica que, para ele, os países ricos têm com os pobres.
Fonte: AFP