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“Jesus nunca existiu. É uma lenda”, defende historiador

Michael Paulkovich afirma que ausência de menção por escritores da época é prova cabal

xjesus-crucificado-the-bible-295x200.jpg.pagespeed.ic.2S9XIWqHOlMichael Paulkovich é um historiador e pesquisador. Seu trabalho mais recente é uma extensiva análise de 126 textos históricos dos primeiros séculos. A conclusão está no livro “No Meek Messiah” [Sem o gentil Messias]. Para ele, o fato de não ter encontrado qualquer menção da figura de Jesus Cristo, significa que ele nunca existiu, seria uma “figura mítica”.

Uma ampla matéria do jornal inglês Daily Mail gerou polêmica entre teólogos e estudiosos. Não pela originalidade do argumento, que existe há quase dois mil anos. A questão é que, como sempre, a mídia explora essa questão, dando uma dimensão exagerada.

Em um passado recente, o escritor Dan Brown ficou mundialmente famoso por causa de seu livro “O Código Da Vinci” sendo campeão de vendas e gerando um filme. O material trazia uma teoria da conspiração similar. Aparentemente, questionar o cristianismo ainda é um negócio lucrativo.

Paulkovich explica que leu os autores mais importantes de registros históricos entre o primeiro e o terceiro século. Como a falta de conhecimento ou ausência de menção seriam “provas históricas”, sugere que a figura de Cristo pode ter sido inventada por judeus que desejavam ter algum líder para seguir.

Ele também usa o Novo Testamento, mas com uma leitura crítica. O historiador defende que o livro de Marcos traz um relato “editado” da ressurreição. “Falsificadores acrescentaram o conto da ressurreição fantasiosa posteriormente”, escreveu. E acrescenta: “Paulo não sabia nem onde, nem quando Jesus viveu e trata a crucificação como uma metáfora”.

Mesmo assim, reconhece que existe uma menção a Jesus no livro “A Guerra dos Judeus”, escrito pelo historiador romano Flávio Josefo no ano 95. Contudo, essa citação deve ter sido acrescentada pela editora em uma reedição, quando o mito de Jesus já estava “consolidado”.

O historiador afirma que a ausência de um registro feito pelo próprio Jesus seria a 127ª “testemunha silenciosa” dessa criação. Caso Jesus fosse o que o Novo Testamento afirma que ele era, “Milhões teriam ouvido falar de seus milagres e maravilhas, mas não chegaram ao conhecimento de qualquer historiador da época”.

“Talvez o mais desconcertante é a ideia mítica de que o próprio Salvador, Jesus, o Filho de Deus foi enviado em uma missão suicida para salvar-nos da noção infantil de ‘transgressão de Adão’, como aprendemos de Romanos”, defende.

Ao longo dos séculos, várias teorias e questionamentos já surgiram. Porém, a imensa maioria dos eruditos acredita que um homem chamado Jesus realmente existiu, tendo nascido entre o ano 4 e o ano 7 e morrido entre 30 e 36.

Fonte: Gospel Prime

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