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Haddad diz que a esquerda precisa abrir um canal de diálogo com a igreja evangélica

Em sua primeira entrevista desde a eleição, o candidato a presidente derrotado, Fernando Haddad (PT-SP), fala sobre a derrota, o se futuro no PT e os evangélicos.

SP – BRASIL-QUE-POVO-QUER – POLÕTICA – Fernando Haddad, ex prefeito de S¿o Paulo, durante ato de abertura do Forum Nacional Brasil que o Povo Quer, organizado pela FundaÁ¿o Perseu Abramo, no Buffet Immensit·, na zona norte de S¿o Paulo (SP), na noite desta sexta feira (09). 09/03/2018 – Foto: PAULO LOPES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTAD¿O CONTE¿DO

Ao ser questionado sobre a perda de votos na periferia e em redutos em que sempre vencia, Haddad disse: “Vamos ser claros: eu ganhei entre os negros, as mulheres e os muito pobres. Depois de tudo o que aconteceu, quase tivemos a quinta vitória consecutiva. Com Lula, venceríamos. Mas teve o desgaste do PT. Desde as jornadas de 2013 [quando houve uma onda de protestos] até 2018, o antipetismo, que sempre existiu, cresceu.”

Logo em seguida, ele se referiu aos evangélicos. “E há estudos mostrando que, se eu tivesse no mundo evangélico o mesmo percentual de votos que tive no mundo não evangélico, eu teria ganho a eleição”.

“O Brasil, estruturalmente, é um híbrido entre casta com meritocracia. Se admite que o indivíduo ascenda. Mas sozinho. Desde que a distância entre as classes permaneça. O neopentecostalismo e a teologia da prosperidade são compatíveis com isso”, continua.

Ele relembra o fim da ditadura como elemento-chave para um diálogo possível com o setor evangélico: “assim como no final da ditadura foi possível abrir um canal de diálogo com a Igreja Católica, a esquerda tem agora o desafio de abrir um canal com a igreja evangélica, respeitando suas crenças.”

Leia a entrevista completa aqui.

Fonte: Folha de São Paulo

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