Cristã perdoa criminosos que mataram seu filho
A mulher aproveitou a oportunidade para falar sobre Deus
A polícia de Cachoeiro de Itapemirim (ES) prendeu na terça-feira (20) dois suspeitos de matarem um jovem de 25 anos durante uma tentativa de assalto no mês de março.
Nesta terça-feira, a mãe da vítima, Cleonice Fonseca Leite, 59 anos, pediu à polícia que queria conhecer os suspeitos e para elas os dois homens, um de 20 anos e outro de 26 anos, confessaram e pediram perdão pela morte de Magno.
“Eu sempre quis conhecer as pessoas que mataram meu filho, então pedi à polícia que me deixasse vê-los. Muita gente falou que eu fui louca em abraçar os assassinos, mas meu filho morreu e não vai voltar. Ele faria o que eu fiz. Eu fiz o que meu coração mandou”, disse a mulher.
Os criminosos pediram um abraço e choraram ao ouvir a mulher falando de Deus para eles. “Tirei um peso das minhas costas, não negaria um abraço. Estou aliviada em ter falado com eles sobre Deus. Agora vou poder seguir em frente, continuar minha vida”.
Cleonice desejou que os homens consigam superar o vício das drogas e que deixem o mundo do crime. Um deles chegou a afirmar que não vai mais cometer crimes. “Vou fazer mais não, tia. Você pode ter certeza. Dá um abraço, tia. Me perdoa”, disse um dos criminosos.
A mãe da vítima se emocionou, mas não tem certeza de que os homens foram sinceros durante a conversa. “Acho que eles não estão arrependidos, que me pediram perdão por medo, porque estavam dentro de uma delegacia. Mas eles são uns pobres coitados, vítimas das drogas. Deus é quem vai julgá-los pelo que fizeram. Eu sou muito religiosa e meu filho também era. Os perdoei por ele, porque o Magno faria isso”, afirmou.
Magno faleceu no dia 15 de março, ele estava em uma moto que colidiu com um carro, o Corpo de Bombeiros chegou a socorrê-lo, mas no hospital foi constatado que ele tomou três tiros nas costas e morreu antes mesmo de bater no veículo.
Segundo a polícia, o jovem foi abordado pelos criminosos que queriam roubar a moto, mas tentou fugir e acabou sendo baleado. Foram sete meses de investigação até que a polícia conseguiu identificar os criminosos. Com informações G1