Conselho de Pastores do Paraná lança abaixo-assinado contra a peça “Porno Gospel”
O afirma que a peça “utiliza de forma ofensiva e intolerante a associação do termo Gospel – que remete ao Evangelho pregado por igrejas cristãs – com a pornografia”.
Após gerar declarações de repúdio na câmara dos deputados, a polêmica peça de teatro “Porno Gospel” continua a ser duramente criticada. O Conselho de Ministros Evangélicos do Paraná lançou um abaixo-assinado e tem divulgado o documento online nas mídias sociais, afirmando que o espetáculo “utiliza de forma ofensiva e intolerante a associação do termo Gospel – que remete ao Evangelho pregado por igrejas cristãs – com a pornografia”.
O documento já tem mais de 2.000 assinaturas e tem recebido mensagens de apoio de diversos internautas, que também se declaram indignados com a peça. Para conferir, acesse:abaixoassinado.org/abaixoassinados/33090 .
“Sou a favor dos direitos de expressão, mas não do desrespeito religioso. A religião zela por uma Sexualidade fundamentada nos valores de Deus e não na idolatria sexual”, destacou o pastor Rafael Lopes.
“Quem exige respeito deveria ser o primeiro a respeitar. Esta peça fere a todos nós que somos cristãos. Estou indignada. Por isso assino embaixo”, comentou a bispa Nanci Stadler.
Compartilhando desta indignação, a psicóloga cristã Marisa Lobo publicou um vídeo nas mídias sociais, em que aparece diante do cartaz da peça, exposto no Teatro Guairinha de Curitiba e critica o espetáculo.
“Vim aqui para repudiar esta peça ridícula, ‘Porno Gospel’. Ela gera intolerância e ódio contra o povo cristão. Está na hora de nós, como cristãos, começarmos a reclamar dessas porcarias que estão fazendo com a nossa cultura”, diz Marisa no vídeo.
Clique abaixo para assistir:
A história se passa em uma cidade fictícia chamada “Paradise City”, liderada pela Igreja Missionária do Senhor do Pastor Jair Malagaia (fazendo referências ao pastor Silas Malafaia).
Já no dia 30 de maio, a deputada Mara Lima apresentou requerimento pela proibição da peça e alegou ainda aos colegas ter se sentido ofendida pelo enredo, que inclui uma personagem, chamada “Nara Lira”, definida como uma “cantora gospel e dona de uma rede de lojas de produtos do Senhor (livros, cds, camisetas, presentes…), e agora lançando no mercado, uma linha de produtos eróticos, feita especialmente para crentes”.
Paródias
Comentando as acusações, Fernando Cardoso – um dos produtores da peça – negou que a intenção seja ofender o cristianismo e ainda destacou que ele também é evangélico.
“Na peça, não há qualquer menção ao evangelho ou a Cristo. Simplesmente pegamos reportagens sobre acontecimentos dos últimos anos para fazer uma ficção baseada em fatos reais”, disse ele. “Eu inclusive sou evangélico”.
Fernando também assegurou que não existe uma relação direta entre a personagem “Nara Lira” e a deputada que apresentou anteriormenteo documento de repúdio.
“A peça é uma sátira que usa referências para buscar identificação com o público”, disse.
Sobre o nome da peça, o produtor conta que foi inspirado em notícias reais de jornais brasileiros sobre o lançamento de produtos eróticos voltados para o público evangélico, que podem ser encontradas por qualquer um em uma simples busca na internet.
Guia me