Cerimônia de casamento no Monte do Templo pode ser “sinal profético”
União é a primeira realizada no local após 2.000 anos
Um casal judeu (não identificado por motivos de segurança) fez história no Monte do Templo na semana passada. Mesmo que o acesso dos praticantes do judaísmo seja proibido, eles realizaram uma cerimônia de casamento no local mais sagrado da sua fé.
De acordo com um comunicado do Instituto do Templo, sediado em Jerusalém, este foi o primeiro casamento realizado no local após 2.000 anos. Antes dele, haveria registros de uma cerimônia de casamento no local sagrado quando o Segundo Templo ainda estava de pé.
O Instituto explica que seu diretor internacional, o rabino Chaim Richman, deu sua benção para o casal. “Depois de examinar escrupulosamente a lei sobre a cerimônia de casamento e consultar outras autoridades rabínicas, o rabino Richman concordou”, afirma a nota.
Segundo o Instituto do Templo, que trabalha ativamente pela restauração do Templo no local, a bênção oficial sobre o vinho foi feita antes da cerimônia no monte. Com muito cuidado e discrição, “As testemunhas ouviram a declaração de união dos lábios do noivo e o viram colocar a aliança de ouro no dedo da noiva.”
Uma vez que a oração judaica no complexo é estritamente proibida, todos os que participavam da celebração tentaram chamar o mínimo de atenção possível. Eles temiam ser presos pela Polícia de Israel ou pior, detidos pelo guarda muçulmana da Wakf, que controla a jurisdição jordaniana sobre o local.
Acompanhados pelo rabino Richman, as duas testemunhas aproximaram dos noivos e ouviram-nos repetir os juramentos. Depois trocaram alianças discretamente e foram para outro local, onde encerraram a porção festiva do casamento.
De acordo com o Instituto, tudo foi gravado, mas a pedido do casal, apenas duas imagens do casamento foram postadas nas redes sociais. Contudo, pouco tempo depois foram apagadas por causa dos protestos que começaram a surgir.
Alguns sites que analisam os acontecimentos em Israel numa perspectiva profética levantaram a possibilidade de esse ser um “sinal”. Afinal, a imagem do casamento de Cristo com a Igreja é uma figura simbólica muito forte e presente no Novo Testamento.
A páscoa em Israel segue o calendário lunar e a tradição do Antigo Testamento. Ela será celebrada no país dia 21 de abril. A recente demonstração do Instituto do Templo que os sacerdotes já estão sendo treinados para retomar os sacrifícios acendeu os ânimos em Israel. Este é considerado um dos mais fortes sinais de que a vinda do Messias está muito perto de acontecer. Com informações deTimes of Israel e Jerusalém Post