Bolsonaro é abençoado por Edir Macedo no Templo de Salomão
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi abençoado pelo bispo Edir Macedo, neste domingo, 1º de setembro, na frente de uma multidão de quase 10 mil fiéis, no Templo de Salomão, sede da Igreja Universal do Reino de Deus em São Paulo.
O presidente entrou com seguranças depois que todos os fiéis já estavam sentados. Ele sentou na primeira fila, que estava reservada a ele, sua equipe e ao filho Renan Bolsonaro, 21. A família de Edir Macedo também ocupou as cadeiras da frente.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que é evangélica, não estava presente.
No altar, de joelhos e de costas para os fiéis, Bolsonaro foi ungido com o azeite da igreja evangélica por volta das 10h.
“Eu uso de toda a autoridade para abençoar este homem e lhe dar sabedoria. Que este país venha a ser transformado. Para lhe dar ânimo saúde e vigor. Para que o presidente possa arrebentar. Não porque sou eu que estou aqui. Mas porque é o Espírito Santo”, disse Macedo, com as duas mãos sobre a cabeça do presidente.
Edir Macedo criticou a imprensa. Disse que tentou trazer à igreja um candidato que virou presidente, sem deixar claro quem era, e que “quem perdeu a eleição foi desonrado”. Ele afirmou que o Brasil “vive o inferno da mídia” e que o presidente sabe o que é levar pancada.
“Mas eu estou aqui”, acrescentou, tirando riso de alguns fiéis. O bispo é proprietário da Rede Record.
“Este é um ‘antes e um depois’ para o presidente”, disse. Após ser abençoado, Bolsonaro deixou o espaço e fez uma visita guiada pela igreja. Saiu do templo por volta das 13h30 e não falou com a imprensa. Gravadores e celulares não são permitidos no local.
Depois do templo, o presidente seguiu à casa de Silvio Santos, no Morumbi. Ele chegou às 14h20 e assistiu ao jogo de Palmeiras e Flamengo pelo Campeonato Brasileiro na casa do dono do SBT.
Antes de visitar o Templo de Salomão, Bolsonaro fez uma consulta pela manhã, com seu médico em Congonhas. Ele terá que fazer uma nova cirurgia em consequência da facada que sofreu em setembro do ano passado.
Fonte: Folha de S. Paulo