Ana Paula Valadão confessa que não sabia liderar e faria diferente no Diante do Trono
A pastora e líder do Ministério Diante do Trono, Ana Paula Valadão, declarou que mudaria muito do que ela fez à frente do Diante do Trono nos últimos anos.
“Eu comecei muito nova, sem nem mesmo me enxergar como líder. Eu não sabia o que era liderar pessoas, não tinha referência do que era uma mulher liderando louvor”.
A declaração foi feita durante o Congresso de Adoração, Intercessão e Missão Diante do Trono, na última semana. “Hoje Deus me disse para abrir meu coração de uma forma que eu nunca fiz antes, me tornar mais vulnerável. Porque assim você entende que nós somos gente “, pontuou.
“Vou compartilhar algumas coisas sobre o que eu faria diferente, porque eu comecei muito nova, sem nem mesmo me enxergar como líder. Eu não sabia o que era liderar pessoas, não tinha referência do que era uma mulher liderando louvor, muito menos tinha vivido a experiência de liderar pessoas. O que eu vou compartilhar com vocês eu já tenho vivido nessa nova plataforma que essa sabedoria que Deus me deu. Eu quero compartilhar para que você, nova geração, não precise repetir os mesmos erros”, acrescentou Ana Paula Valadão.
Segundo a líder do Diante do Trono, não se pode tolerar intimidação: “No livro de I Reis, capítulo 19, o profeta Elias foi intimidado por uma mulher chamada Jezabel. Essa mulher tem seu nome repetido no livro de Apocalipse, na carta a Igreja de Tiatira. Então, temos que Jezabel não era simplesmente aquela pessoa que viveu nos tempos de Elias, mas um espírito maligno que levou seu nome com o espírito de intimidação. Você não pode tolerar Jezabel, que foi a reprovação que a igreja de tiatira recebeu”, alertou.
“Hoje em dia, ao longo dos anos, [entendi o sentido de] uma frase que meu pai fala: ‘Você tem aquilo que você tolera’. Foi muito duro para mim amadurecer para confrontar esse espírito maligno, porque às vezes as pessoas que são usadas por esse espírito maligno não têm consciência disso”, contextualizou, formando seu argumento a respeito do tema.
“Se existem pessoas que te intimidam, que te dão medo, que roubam a sua felicidade e que perto dela você se sente inseguro, intimidado, não tolere Jezabel. Revista os seus relacionamentos, porque provavelmente você precisa se posicionar”, acrescentou.
O conselho de Ana Paula Valadão foi além, com uma recomendação para agir contra a intimidação de forma diferenciada: “Se o seu colega te intimida por causa do olhar de inveja dele, quando há liberdade você chega e fala: ‘Meu irmão, estou sentindo que há alguma coisa entre nós. Eu te fiz algo que te feriu? Que te ofendeu? Me perdoa, estou sentindo que o inimigo está tentando algo entre nós’. Em todos os níveis, nós não podemos permitir Jezabel”.
Outro ponto destacado por Ana Paula Valadão foi a “identificação” entre as pessoas que compartilham o ministério. Segundo a cantora e pastora, essa é uma necessidade que custa tempo a alcançar.
“Ao longo dos anos, nós fomos gerando essa unidade, com muito custo. No início, nós não estávamos tão entrelaçados em amor. Mas nós fomos construindo essa linguagem, aliando nosso coração para bater no mesmo ritmo. Mas isso foi muito difícil, nós precisamos ter o mesmo coração. E a estratégia que eu tenho tido recentemente é, ao invés de pensar que a gente vai passar o tempo todo com as mesmas pessoas, é bom você pensar em tempos e estações. Porque até o dia tem 24 horas para você acordar no dia seguinte e pensar: o que o Senhor quer para mim hoje?”, sugeriu.
“Ao longo dos anos, uma coisa que eu aprendi é isso: vamos repensar o nosso compromisso. O que Deus está falando para você nesse tempo e nessa estação? Vamos celebrar essa mudança, vamos celebrar essa partida ao invés de ficar todo mundo agarrado. Por que se as pessoas estiverem no lugar errado, elas vão trazer peso. A gente precisa rever se você não está alinhado com o seu líder, se você não concorda com a visão, se você acha que poderia ser uma coisa diferente”, acrescentou.
Por fim, Ana Paula Valadão recomendou atenção com os relacionamentos, incentivando a convivência com as pessoas de seu círculo de amizades da igreja fora do templo: “Invista nos amigos fora das atividades ministeriais. Eu sofri demais quando eu descobri que os convidados das festas de aniversário não eram os meus amigos, porque quando nós não estávamos mais trabalhando juntos, nós nem nos víamos”, relatou.
“A minha vida ficou com um buraco muito grande, mas a gente aprende. Até Jesus… ele tinha seus discípulos: ele mandou 70 em missão e tinha os 12, e a gente sabe o nome de todos eles. E tinha os três, e ele tinha João, que deitava no peito d’Ele. Era normal que toda equipe de ministério tivesse pessoas mais próximas. Graças a Deus eu tenho amigos que eu fiz nesses 20 anos do Diante do Trono, mas muitos eram amigos de ministério e eu aprendi que eu preciso me esforçar pelas amizades fora do ministério”, disse.
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Fonte: Gospel + via O Nortão