AD citada na Lava Jato amanhece pichada: “Cunha na cadeia”
Os militantes pedem a prisão do presidente da Câmara Eduardo Cunha
A igreja Assembleia de Deus de Campinas, que aparece em denúncia da Lava Jato por receber R$ 125 mil em propina a pedido de Eduardo Cunha, amanheceu pichada nesta segunda-feira (24).
Segundo o site Carta Campinas, a pichação foi realizada por militantes do Levante Popular da Juventude na noite de domingo. Eles escreveram “Cunha na cadeia” no muro externo do prédio.
A AD Madureira de Campinas, localizada na Rua Barão de Parnaíba, foi citada durante um depoimento de Júlio Camargo, lobista e delator da Lava Jato, que afirmou ter repassado o dinheiro para a igreja, presidida pelo pastor Samuel Ferreira, a mando de Cunha nos anos de 2008 e 2014.
As acusações de Júlio Camargo contra o presidente da Câmara dos Deputados afirmam que o político pressionou o empresário a fazer o pagamento de propina de US$ 5 milhões, além desse repasse para a AD em Campinas.
No Facebook os militantes que picharam a igreja escreveram uma nota condenando a atitude de Cunha e falando contra políticos religiosos. “Eduardo Cunha usa da boa fé de milhões de cristãos para lavar seu dinheiro sujo, em parceria com pregadores corruptos. É preciso que todo fiel tenha olhos abertos com os políticos que falam em nome da fé para se promover ou ganhar votos”.
O grupo esquerdista ainda defende a realização de uma Constituinte para a reforma política. “Queremos o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas. Queremos o povo no poder”, disseram os militantes do Levante Popular da Juventude.