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A Fila de Deus

Por Claudio Santos

“Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos”. – Mateus 20:1-16

Privilégios, isto é o que os seres humanos menos humildes costumam buscar. No afã de se dar bem, levar vantagem ou ser reconhecido, seres humanos usam das mais diversificadas estratégias para serem os primeiros da fila. Mas, na fila de Deus não é bem assim.

O que os homens desprezam, Deus privilegia. Na fila de Deus os privilegiados não serão os que se utilizam de recursos financeiros, influência religiosa ou política garantir a vantagem para si. No reino dos céus, nesta fila, os últimos, sim, os últimos serão os primeiros porque a decisão é não é de homem, a decisão é de Deus.

Talvez um dos textos mais interessantes sobre privilégios seja a parábola de Mateus 20,1-16, que transcrevemos aqui:

“Pois o Reino dos céus é como um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua vinha. Ele combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os para a sua vinha. “Por volta das noves hora da manhã, ele saiu e viu outros que estavam desocupados na praça, e lhes disse: ‘Vão também trabalhar na vinha, e eu lhes pagarei o que for justo’. E eles foram. “Saindo outra vez, por volta do meio-dia e das três horas da tarde, fez a mesma coisa. Saindo por volta das cinco horas da tarde, encontrou ainda outros que estavam desocupados e lhes perguntou: ‘Por que vocês estiveram aqui desocupados o dia todo?’ ‘Porque ninguém nos contratou’, responderam eles. “Ele lhes disse: ‘Vão vocês também trabalhar na vinha’. “Ao cair da tarde, o dono da vinha disse a seu administrador: ‘Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros’. “Vieram os trabalhadores contratados por volta das cinco horas da tarde, e cada um recebeu um denário. Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário. Quando o receberam, começaram a se queixar do proprietário da vinha, dizendo-lhe: ‘Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia’. “Mas ele respondeu a um deles: ‘Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?’ “Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos”. – Mateus 20:1-16

A primeira lição que podemos tirar daqui é que na economia de Deus, o dinheiro (gratificação) tem um conceito diferente da concepção dos homens. Na concepção dos homens justiça é receber mais por haver chegado mais cedo ou trabalhado mais. Na concepção de Deus todos devem ter direito ao mesmo presente porque Ele é um Deus generoso. Quantas vezes líderes de igrejas privilegiam os amigos, os mais ricos, os bem mais vestidos ou os considerados mais inteligentes para lhes atribuir créditos?? No reino de Deus, não interessa a sua idade, carteirinha de descontos, paletó, cartões vip ou o tempo de serviço para ter direito à salvação.

O significado de privilégios no reino dos céus é diferente do sentido de privilégios no reino da terra. A fila de Deus funciona ao contrário. Será que a igreja brasileira está exercendo os mesmos critérios de Deus?

A segunda lição que podemos refletir a partir desta parábola é quanto ao preço do pagamento dos trabalhadores. Não adianta a quantidade de seu esforço para merecer o ganho da salvação. O Justo Senhor não seria injusto para pagar salvação em ouro para alguns, prata para muitos e bronze para os que se chegaram depois.

Na Cultura do Reino de Cristo não existe modalidades de salvação. Ele é fiel e justo para todos! Será que a religião pagã ainda está dentro de nossas igrejas evangélicas gerando nas mentes das famílias que é melhor sacrificar do que obedecer?? Na fila de Deus é o contrário: é melhor a obediência ao flagelo.

Uma última coisa que os homens deixaram de observar nesta parábola foi o poder de decisão. Vejamos bem, se os homens pudessem “decidir” pelo ato de Jesus para pagar o preço do pecado na Cruz, não teríamos dúvidas de quem seriam os privilegiados. Se os homens escolhessem e decidissem sobre os mistérios e as coisas de Deus será que Samuel seria juiz e Davi seria rei de Israel? Não. E, quanto à Maria, conceberia do Espírito Santo? Não. E quanto aos pobres pescadores (alguns indoutos, outros sem capacidade financeira ou política) mereceriam ser discípulos de Jesus? Não. Os homens escolheriam Saulo, para merecer o chamado apostólico? Não. Se os homens decidissem por Deus a salvação não teria chegado até nós a partir dos judeus.

No plano de Jonas, Nínive (dele) não precisa de amor. Talvez a sua família ou a sua cidade não precise de amor, é o que você pensa, Mas, no plano de Deus todas as famílias e nações estão incluídas no plano Dele.

No plano de Israel, o jovem Davi não faria parte do exército. No plano de Deus ele derrubaria a Golias, o gigante temido pelos exércitos dos homens.

No plano dos homens o capitão foge do barco. No plano de Deus Jesus acalma o mar. Se os homens decidissem sobre a salvação é notório que o plano humano seria apenas para reis, governadores, sacerdotes, cleros da igreja e políticos da alta classe romana, deixando para os judeus o sacrifício, a escravidão e os flagelos das ações sociais de nossos governos para o alcance pessoal e condicional de sua salvação? Sim.

Na fila dos homens o plano é somente para os que têm saúde. Na fila de Deus os doentes têm privilégio Na fila dos homens muitos morreriam sem ter a mínima chance de recurso, de cura ou de salvação. Na fila de Deus há trabalho, salário, comida, roupas, farmácias, remédios, cura e salvação para todos. Na fila dos homens muitos são escolhidos e poucos são chamados. A fila de Deus é o contrário, muitos são chamados e poucos escolhidos.

Como podemos concluir, a fila de Deus é diferente da fila do homem. Na fila de Deus os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Na fila de Deus o plano é o seguinte: O PREÇO FOI PAGO DE IGUAL FORMA (PARA TODOS)!!!

Oro e espero em Cristo que, você amigo, leitor seja o próximo da vez (na fila de Deus). Que você seja o próximo a ser curado. Que você seja o próximo a ser liberto e quebrantado, que você seja o próximo a ser salvo pela fé e pela graça em nome de Jesus!! Então, até a próxima [email protected]

autor(a)

Claudio Santos

Claudio Santos

Líder fundador do Ministério Adore Days no Brasil. Com 32 anos de vida cristã, Claudinho, além de pastor, é músico e conferencista. Membro do Conselho de Pastores de MG. Claudinho também é coordenador e voluntário das Missões Adore na Amazônia. É casado, pai de duas lindas princesas.

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