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A Cabana estreia nos cinemas brasileiros

“Ver o filme pode ser um processo terapêutico, já que o público será desafiado a rever as suas próprias dores.”, acredita pastor.

Apesar da controvérsia envolvendo o livro, A Cabana foi o um best seller mundial e provocou uma série de reflexões sobre como Deus é percebido fora das igrejas. A versão cinematográfica estreou sob desconfiança de muitos, mas é sucesso de bilheteria.

A produção estreitou hoje (06/04) em diversos cinemas do Brasil. Durante as pré-estreias do longa pelo país conquistou elogios de diversos líderes e personalidades que o assistiram.

O pastor Gilson Mello, que participou de um desses eventos, explica que tanto dentro da visão cristã, quanto na neurociência, o ser humano que está afundado em um momento de dor e perda precisa dar uma “parada” e rever toda a história.

“Seria um processo de cura interior de quem sofreu uma perda irreparável. No filme, o protagonista se depara com todas as emoções vividas: raiva, mágoa, ressentimento, impotência e faz um caminho de volta, através do amor e do perdão”, analisa. Ele acredita que ver o filme pode ser um processo terapêutico, já que o público será desafiado a rever as suas próprias dores.

 Ygor Siqueira, CEO da 360WayUp, empresa que trabalha com a comunicação para o público cristão, assegura que o filme tem uma bela lição para transmitir. “Não apenas porque estou envolvido neste trabalho, mas realmente A Cabana tem uma história forte e emocionante e, certamente, vai tocar muitas pessoas principalmente neste momento que vivemos”, sublinha.

Com uma fotografia diferenciada, o longa apresenta a história de Mack (Sam Worthington), um homem que passou pela dor de perder a filha mais nova e entra em depressão. Após essa tragédia familiar, ele recebe um convite para ir até uma cabana abandonada, onde tem um encontro com Deus que muda a sua perspectiva de vida.

 O livro vendeu mais de 4 milhões de cópias vendidas no Brasil e mais de 25 milhões ao redor do mundo.

Apesar de críticas sobre a maneira como a trindade é representada, o autor, William P. Young, que é de uma família evangélica, sempre deixou claro que se trata de uma alegoria, não de um tratado teológico.

Para ele, de muitas maneiras as pessoas confundem literalidade com revelação, ou seja, não consideram que Deus é descrito de muitas maneiras diferentes na Bíblia, inclusive comparado a animais, sem que isso seja algo literal.

Para o professor de teologia Roger Olson, muitas pessoas estão reclamando do filme sem o terem assistido e repetem o mesmo argumento de ramos protestantes que historicamente são avessos a representações visíveis de Deus.

O teólogo diz que o filme, baseado no livro do mesmo nome, apresenta uma “mensagem cristã muito forte, sem ser um sermão ou palestra”. Segundo ele, a proposta do autor claramente não era fazer um tratado teológico, mas contar uma história.

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