Como é a vida dos cristãos no Azerbaijão
A censura de materiais religiosos é altamente restritiva no Azerbaijão. Tudo que é produzido e importado para o país (literatura, áudio e vídeo) deve receber uma aprovação especial do Comitê Estadual, que também decide o número de cópias que cada título pode ser impresso ou importado. Em dezembro de 2011, o artigo 167-2 do Código Penal detalhou tal proibição
Embora, a princípio, livros sagrados (por exemplo, a Bíblia e o Alcorão) seriam isentos da restrição, cristãos relatam que, desde 2008, até estes foram proibidos. Controles nas fronteiras (mesmo no aeroporto) foram feitos de maneira mais rigorosa para garantir que nenhum livro censurado fosse importado. Materiais religiosos muitas vezes são confiscados na entrada ou saída do país.
Conteúdo religioso enviado por e-mail também é verificado e, por vezes, censurado. Eles são, primeiramente, dirigidos à Repartição Internacional, em Baku. Para que o destinatário receba os materiais enviados a ele, precisa que cada título seja aprovado pelo Comitê Estadual.
Sem uma autorização oficial por escrito, nenhum comércio de impressão e fotocópias tem a permissão de reproduzir materiais religiosos (especialmente os que estiverem em azeri, a língua local do Azerbaijão). Fazê-lo ilegalmente é muito arriscado e raramente tal permissão é concedida. Na maioria das vezes, a resposta é negativa, ou não vem.
É comum que o Comitê Estadual realize uma ampla pesquisa em livrarias atrás de livros e publicações que violem as regras de censura, principalmente, no que diz respeito a materiais religiosos. Cada loja precisa de uma licença específica para vender esses materiais. Embora existam algumas lojas que prosseguem sem essa licença, o número tem diminuído significativamente.
A exigência de registro e a censura altamente restritiva torna a vida dos cristãos no Azerbaijão bastante difícil. Oficialmente, existem cada vez menos igrejas. Mais e mais grupos se encontram no circuito “ilegal”, apesar de todas as consequências possíveis (desde confiscos e multas a ataques e detenções). Mas, mesmo com o aumento da pressão, a Igreja continua o seu trabalho e tem crescido lentamente.
Leia mais sobre a perseguição religiosa no Azerbaijão, 38º colocado naClassificação de países por perseguição.