Campanha quer conscientizar o mundo sobre perseguição aos cristãos
No final de 2018, o secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Jeremy Hunt pediu um mapeamento de cristãos perseguidos no mundo.
O governo britânico encomendou estudos independentes sobre a perseguição aos cristãos com objetivo de encontrar medidas práticas para apoiar os seguidores da religião.
Dados recentes apontam para mais de 245 milhões de cristãos no mundo que enfrentam altos níveis de perseguição em sua vida diária.
Cristofobia é a hostilidade aos cristãos por sua fé, que resulta em assassinatos, atos de violência contra eles, suas propriedades ou locais religiosos. Isso inclui assassinato, sequestro, violência sexual, tortura, conversões forçadas, aprisionamento indevido de indivíduos ou grupos, destruição de casas ou locais de culto, em parte ou totalmente devido exclusivamente à sua fé cristã.
Para denunciar a perseguição aos cristãos e trazer casos de cristofobia à tona, foi criada uma campanha na Inglaterra com participação global. Denominada “Stop ChriSTOPhobia” (Pare de Cristofobia), a medida visa dar voz aos perseguidos e buscar apoio para diminuir a perseguição religiosa contra os cristãos, especialmente em países onde a violência e a crueldade acontecem.
Para isso, a campanha propõe 11 medidas, entre as quais:
– Convocação de uma reunião de cúpula internacional de emergência, organizada em Londres, em resposta à devastadora violência contra os cristãos em regiões da Nigéria.
– Apelo ao governo da Nigéria para resgatar Leah Sharibu e outras garotas sequestradas através de uma negociação com a Boko Haram.
– Pedido ao governo do Reino Unido que ofereça apoio aos cristãos no Paquistão, especialmente aqueles que estão no corredor da morte por acusações de blasfêmia.
A campanha cita ainda o sofrimento dos cristãos em diversos países. Lembra as minorias cristãs esquecidas de Mianmar, pede para promover a tolerância religiosa e justiça para os cristãos coptas no Egito e proteção aos direitos dos trabalhadores cristãos de praticar sua fé em estados como a Arábia Saudita.
A petição cita ainda a criação de um fundo lembrando o caso da paquistanesa cristã Asia Bibi para ajudar o pagamento de custas e despesas judiciais para que os perseguidos presos tenham acesso à justiça e proteção.
Campanha global pela Internet
A campanha pode ser aderida pela internet, por isso é global. “É tão importante que a comunidade cristã do Reino Unido faça ouvir a sua voz para ajudar os nossos irmãos e irmãs no estrangeiro, por isso, partilhe a campanha através das redes sociais”, diz o enunciado no site www.thestopcampaign.org.
De acordo com os idealizadores, o tempo de adesão é essencial, pois a petição só poderá ser feita até a Páscoa.
Fonte: Guia-me