Massacre em igreja no Texas foi “ato demoníaco”, alertam pastores
Atirador era desviado e pregava ateísmo online
Cerca de 24 horas após Devin Kelley, um ex-soldado da Força Aérea, ter cometido um atentado à Primeira Igreja Batista de Sutherland Springs, no Texas, e deixado 26 mortos, a questão principal debatida pela mídia voltou a ser a facilidade que os americanos tem às armas de fogo.
As mudanças propostas por Donald Trump nos critérios para a compra de armamentos estão sendo longamente discutidas em programas de debate na TV.
Enquanto isso, pelo menos 10 crianças atingidas no massacre estão se recuperando das cirurgias. Segundo a imprensa, ao menos quatro ainda correm perigo de morte.
Diversos líderes cristãos demonstraram solidariedade com os membros da igreja. Entre as muitas mensagens, a que causou mais impacto foi a de James Dobson, fundador e presidente do ministério Family Talk.
“Palavras não podem expressar a tristeza que sentimos pelos moradores desta pequena comunidade do Texas que foi destruída por um ato verdadeiramente hediondo e sem sentido. Tragicamente, como já disseram outros pastores, esse foi um ato demoníaco, um assassinato cruel”, afirmou ele em nota.
O governador do Texas, Greg Abbott, que também é evangélico, esteve na vigília organizada por membros da comunidade em frente ao templo. Pelo menos oito das vítimas eram membros da mesma família, informou a CNN. Annabelle, filha de 14 anos do pastor da igreja, Frank Pomeroy, também foi morta.
O pastor Frank deu declarações à imprensa, onde lembrou que na semana passada ele havia pregado um sermão sobre confiar no Senhor quando as circunstancias da vida não fazem sentido. “Não confie, nem se apóie sobre sua própria compreensão”, ensinou. “Veja bem, o entendimento de Deus é muito maior e podem ocorrer coisas que você não entende, mas você ainda precisa fazer o que Deus está te chamando para fazer”.
Atirador defendia ateísmo online
Uma série de informações desencontradas foram divulgadas nas primeiras horas e viraram manchetes de vários órgãos de imprensa. A vida de Devin foi vasculhada e o fato dele ter participado como instrutor de um acampamento evangélico para crianças em 2013 lhe rendeu o rótulo de “professor de estudos bíblicos”.
Ao mesmo tempo, um controverso programa de rádio passou a divulgar que Devin seria do grupo esquerdista Antifa e antes de atirar teria dito que ali começava a “revolução comunista” nos EUA. Nada disso foi confirmado pelos sobreviventes.
O que se sabe até agora é que o atirador foi expulso da Força Aérea por ter agredido outro soldado e que ele possuía um histórico de violência doméstica.
O jornal Daily Mail fez um “perfil” de Devin baseado no que o ex-soldado publicava nas redes sociais e entrevistou pessoas próximas a ele.
Patrick Boyce, ex-colega de Devin no ensino médio, o descreveu como “ateu declarado”, “estranho” e “depressivo”. Nina Rose Nava, que também estudou com o atirador, afirma que havia desfeito a amizade no Facebook pois ultimamente ele “só criticava as pessoas que criam em Deus e defendia ferozmente o ateísmo”. Queixa similar tem Christopher Leo Longoria, outro membro da turma de escola.
O perfil de Devin no Facebook foi apagado, mas o site Heavy.com conseguiu uma série de prints antes da conta ser desativada. Eles mostram que o texano divulgava material de sites ateístas, mas também seguia páginas sobre mediunidade.
Fonte: Gospel Prime