Advogados rompem com Patrícia Lélis após novos áudios vazados
Estudante afirma que Marco Feliciano será julgado pelo STF “entre abril e maio”
Depois de meses, a estudante Patrícia Lélis volta a fazer barulho nas redes sociais. Enquanto o processo movido por ela contra o deputado Marco Feliciano (PSC/SP) corre em segredo de justiça, surgem na internet áudios de uma conversa onde ela afirma ter contato com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O material revelaria um contato improvável entre Patrícia e o Procurador-geral Rodrigo Janot, além dos ministros Carmen Lúcia e Edson Fachin, que será o relator. Entre as várias afirmações, a jovem diz que a Polícia Federal já entregou o inquérito e o processo será julgado “entre abril e maio” deste ano.
Nas gravações enviadas a um interlocutor não identificado, dando a entender que seria um jornalista. Ela insiste que tem conversado com as pessoas que estão analisando o caso. Fachin é chamado pela estudante de “uma pessoa muito bacana” e que as conversas com as autoridades seriam de conhecimento de seus advogados.
Curiosamente, Lélis sugere que caberia a ela decidir quem participaria das audiências. Diz também que terá uma reunião com o relator na semana que vem.
O fato de as conversas – sobre situações que ela não tem como provar – terem sido vazadas custou a Lélis o rompimento com o renomado escritório de advocacia de Brasília, Todde e Associados.
João Paulo Todde conversou com o Blog da Esplanada, que foi a primeira a divulgar o escândalo e a receber os áudios no ano passado. Ele nega veementemente qualquer tipo de envolvimento. Afirma que soube do áudio pela internet decidiu romper o contrato com a cliente. Ressaltou ainda que a Todde não compactua, e desconhece esse suposto contato com os ministros do STF.
Procurado pelo blog, o deputado Marco Feliciano limitou-se a dizer que soube do conteúdo pelas redes sociais, mas prefere não se pronunciar. Ele continua alegando inocência.
Relembrando
Em agosto de 2016, o suposto relacionamento entre o parlamentar e a jovem foi amplamente divulgado e acabou lançando uma série de acusações contra o pastor, incluindo cárcere privado e estupro. Feliciano sempre negou tudo, mas os áudios e vídeos divulgados por Lélis e seus colaboradores mostraram o envolvimento direto do ex-chefe de gabinete Talma Bauer e o pagamento de milhares de reais para a estudante.
Após muitos depoimentos e várias contradições, a jovem foi indiciada por calúnia e extorsão Bauer acabou demitido.
Pouco tempo depois, Patrícia recorreu a grupos políticas de esquerda para tentar provar que falava a verdade. Pediu a intervenção da Polícia Federal e acabou conseguindo que fosse aberto um processo contra Feliciano.
Devido ao foro privilegiado, se for a julgamento, o caso passará pelo STF. Se condenado, Feliciano poderá até perder o mandato.
Fonte: Gospel Prime