“Falta recurso para a saúde, mas sobra para Carnaval”, critica deputado Ezequiel Teixeira
Diretor de blocos afirma que Carnaval tem que resistir a “onda de conservadorismo”
O deputado federal Ezequiel Teixeira (PTN/RJ) anunciou que pedirá ao Ministério Público a abertura de inquérito contra os blocos da cidade de Paquetá, no litoral fluminense. Ele acredita que a ilha não tem estrutura para comportar o fluxo de pessoas durante o carnaval.
Ontem, por exemplo, ocorreu o desfile do Pérola da Guanabara e cerca de 12 mil pessoas usaram as barcas para se deslocar até lá. Esse número é três vezes maior que o de residentes da ilha de Paquetá.
Teixeira é apóstolo e fundador da igreja Projeto Vida Nova. Recentemente teve o nome de sua igreja associado a uma passista “evangélica” que afirmava ter recebido permissão do pastor para desfilar nua na avenida. O parlamentar emitiu nota pública negando e escreveu em seu Facebook que a igreja está aberta a todos, mas não a tudo.
Agora, ele justifica sua contrariedade com as prioridades do governo do seu estado, que vive uma situação de falência. “Falta recurso para a saúde e para o pagamento de salários dos servidores, mas sobra para a farra do carnaval”, afirmou o deputado ao jornal Extra.
Léo Salles, representante do bloco Sereias da Guanabara, criticou a postura do deputado: “Há uma onda de conservadorismo, e o carnaval tem que resistir. Depois vão tentar proibir em outros lugares”.
Os blocos de carnaval de Paquetá estão em alta no circuito do carnaval de rua. O pérola é o principal dos cinco cordões autorizados pela Prefeitura a desfilar na ilha. O grande número de pessoas se deslocando para o local, porém, causou transtorno aos moradores, que reclamaram das longas filas e das confusões devido a embriaguez.
Foliões em frente à igreja de Paquetá