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Culto com Marco Feliciano é alvo de manifestação esquerdista

Passagem do pastor pelo sertão da Paraíba teve “batucada” do Levante

esquerdistasAo longo de 2013, quando assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, o deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC/SP) enfrentou uma série de manifestações de grupos LGBT. Em alguns casos, eles invadiram os locais onde ele estava pregando e fizeram até “beijaço gay” dentro de templos.

Com a polarização ideológica que o país enfrenta, Feliciano passou a ser alvo novamente de grupos de esquerda, em especial por causa de sua veemente atuação no processo de impeachment e, mais recentemente, pela criação da CPI da UNE.

No último domingo (10), na cidade de Sousa, no sertão da Paraíba, ele voltou a se deparar com um protesto. Cerca de 30 manifestantes, carregando faixas e fazendo muito barulho, tentaram atrapalhar o evento que contava com a presença de Feliciano e do pastor Everaldo Dias, presidente do Partido Social Cristão e ex-candidato a presidente da República.

Os dois estavam na cidade para participar de um culto de ação de graças pelo aniversário de 162 anos da cidade e pela construção do monumento à Bíblia. A celebração reunia várias igrejas evangélica da cidade e contou com o apoio da prefeitura.

A manifestação foi promovida pelo Levante Popular da Juventude, mas a motivação era muito claramente mais contra a CPI da UNE que de fato pela questão do casamento gay. Eles tentaram causar confusão no hotel em que os pastores se hospedaram, mas a segurança do local frustrou a ação.

Grupo LGBT

Protesto em frente a hotel.

Entrevistada pelo Diário do Sertão, Luci Gomes, uma das manifestantes, declarou: “Não podia deixar de presenciar e participar do protesto pela visita de Marco Feliciano à minha querida cidade de Sousa. Como sempre, abomino qualquer tipo de preconceito e sou esquerdista ‘até a medula’”. É preocupante ver novamente a liberdade de culto cerceada por movimentos ideológicos que paradoxalmente exigem tolerância para com suas bandeiras.

Manifestação encomendada

O incidente em Souza chama atenção pela retomada da tentativa de cerceamento do direito do deputado de exercer seu ministério pastoral. Embora fosse em evento não relacionado com sua atividade parlamentar, o pastor é cobrado por declarações como deputado que enfureceram os movimentos LGTB (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

Contudo, as palavras de ordem e músicas entoadas pelo pequeno grupo no interior da Paraíba mostram que a intenção maior era defender a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Em Brasília, depois de várias articulações, o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP/MA), arquivou na semana passada a CPI que investigaria como a UNE utilizou dinheiro público. Desde maio, Marco Feliciano vinha lutando para “passar a limpo” as denúncias de irregularidades em convênios da entidade como o governo Dilma entre 2011 e 2014.

Isso inclui a investigação do recebimento de R$ 44,6 milhões, a título de indenização por sua sede, no Rio de Janeiro, ter sido queimada pelos militares em 1964 e o terreno entregue a terceiros.

A decisão de Maranhão foi para proteger o PCdoB, que comanda a entidade há décadas. A questão de ordem formulada pelo deputado Orlando Silva (PCdoB/SP) foi acatada, sob o argumento que se trata de uma organização privada e, portanto, não poderia ser investigada pelo Poder Público.

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