Marcha contra o aborto reúne milhares em Brasília
Evento pediu aprovação de leis que defendem o nascituro
A 9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto, ocorreu em Brasília, nesta terça (7). Segundo os organizadores, o evento reuniu cerca de 3 mil pessoas. Os participantes andaram pela Esplanada dos Ministérios até a frente do Congresso Nacional.
O tema escolhido foi “Quero Viver! Você me ajuda?”. Faixas e cartazes reforçavam o pedido pela aprovação do Estatuto do Nascituro (PL478/2007).
Ele estabelece os direitos da criança ainda não nascida, bem como da gestante. A presidente do Movimento Brasil sem Aborto, Lenise Garcia, afirma que essa seria uma conquista importante. Ela explica que há muitos projetos tramitando na Casa de Leis que “abrem portas para o aborto”, como o PL 882/2015, de autoria do deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ).
Rose Santiago, do Centro de Reestruturação para a Vida (CERVI), veio de São Paulo para o evento. Ela defende que sejam realizados mais atos semelhantes. “Creio que todos os estados deveriam ter essa marcha. Precisamos defender a vida por onde formos”. O CERVI é uma instituição evangélica que já atendeu mais de seis mil mulheres e salvou do aborto mais de quatro mil bebês. Ela convida para que se conheça mais sobre o assunto no site www.cervi.org.br
Além de representantes de vários estados, esteve presente o diretor de cinema norte-americano Peter Mackenzie, que veio ao Brasil para o lançamento de seu filme “Doonby”, o qual discute o valor da vida humana.
Participaram do ato, vários deputados federais, além de representantes da Igreja Católica, evangélicos e também espíritas. As palavras de ordem eram as mesmas frases que foram gritadas ao longo da caminhada, como “Vida sim, aborto não”, “não ao aborto” e “sim à defesa da vida”.
Na chegada dos manifestantes ao Congresso, foi tocada uma marcha fúnebre após o hino nacional. Participantes do ato soltaram balões brancos em comemoração à vida.
Apoio do novo governo
Lenise Garcia comemora o fato que a atual Secretária de Política para Mulheres, Fátima Pelaes, é contrária ao aborto. “Não recebemos nenhuma mensagem após ela assumir a secretaria, mas conhecemos a Secretária do tempo de deputada porque ela apoia essa aprovação do Estatuto do Nascituro”.
Essa postura fez com que Pelaes virasse alvo de críticas de movimentos esquerdistas desde que assumiu. Evangélica, a secretária explicou que é contra o aborto mesmo em caso de estupro e que o governo não irá interferir nas atuais regras do país para a prática.
Fátima já contou publicamente que é fruto de um estupro. Sua mãe, que estava presa, engravidou de um guarda dentro da penitenciária. Mesmo assim, não optou pelo aborto. Até hoje Fátima desconhece a identidade do pai. Com informações de G1 e Brasil sem Aborto