Brasil precisa ser reconstruído por homens como Neemias, afirma pastor

André Couto acredita que está na hora de uma nova geração se levantar no país

Como filho de pastor e estando há mais de uma década envolvido com a vida política em Brasília, André Couto entende que a situação no Brasil exige uma postura mais forte dos cristãos, pois vivemos um “momento de reconstrução”.

Para ele, o cenário nacional em vários aspectos se assemelha ao que viviam os judeus que foram com Neemias reconstruir sua nação que fora devastada. Se nos tempos da Bíblia o rei ímpio Nabucodonosor atacou o reino de Judá e saqueou Jerusalém, deixando o povo sem esperança, hoje – defende André – a situação brasileira não é tão distinta.

A crise política e econômica que o pais atravessa, de muitas maneiras, é o reflexo de uma crise moral. A liderança do país e seus aliados saquearam as riquezas, trazendo desesperança para grande parte da população e um sentimento de “terra arrasada”. As constantes e crescente denúncias de corrupção mostra que há algo de muito errado nas estruturas políticas brasileiras.

André, que é filiado ao Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB), trabalha com o Cabo Daciolo, deputado federal do mesmo partido, que ficou conhecido por citar constantemente a Bíblia em seus discursos na Câmara. “Assim como Neemias, não podemos deixar nos levar pelos discursos dos opositores, mas manter o foco e a fé”, insiste Couto.

Insiste que a obra de reconstrução não é apenas a partir de Brasília. “Minha cidade, Teresópolis (RJ), onde vivo desde os oito anos, continua sofrendo os efeitos da tragédia de 2011. Teve ainda uma sequência de governos acusados de corrupção, que a tornam mais sofrida, desiludida e exposta à sanha dos que se locupletam com o dinheiro público”, lamenta.

Junto com outras lideranças locais, incluindo pastores, ele procura soluções para que “a esperança de um novo tempo”, seja realidade a nível municipal. Pensa até em concorrer a prefeito. “Creio firmemente que, como Neemias, pondo a direção de Deus em primeiro lugar, posso contribuir para a reconstrução de minha cidade e do país”, assevera.

Seu desejo é que mais evangélicos tomem uma postura neste “momento complicado”. Ciente que muitos segmentos da sociedade não gostam dessa mistura entre política e religião, ele finaliza lembrando que a Bíblia está repleta de histórias que mostram Deus usando seus servos em momentos de crise, quando os governantes insistiam em se opor ao Senhor.

Estimula que se envolvam nas eleições municipais e defendam seus valores. Afinal, “se não formos nós a fazer a diferença, quem fará?”, questiona.

 

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