Dilma pede ajuda a igrejas para combater mosquito
Presidente quer fiéis na luta contra o Aedes Aegypti
A presidenta Dilma Rousseff fez um apelo para que todas as igrejas cristãs mobilizem os fiéis no combate ao mosquito transmissor do vírus Zika.
Em encontro com líderes de diferentes denominações religiosas, no Palácio do Planalto, pediu que os cristãos ajudem na orientação à sociedade sobre a eliminação dos criadouros do Aedes aegypti. Essa espécie de mosquito também transmite a dengue e a febre chikungunya.
Para Dilma, as lideranças religiosas possuem credibilidade para mobilizar os fiéis no trabalho de prevenção. Estatísticas do governo mostram que dois terços dos focos do mosquito estão em residências.
Esse tipo de ação já faz parte da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016, que reúne a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). O tema deste ano é o direito de todas as pessoas ao saneamento básico e debate o futuro do meio ambiente. Não por acaso, Dilma tem recebido apoio políticos das duas entidades religiosas, que são contra o impeachment.
O presidente do Conic, o bispo anglicano Flávio Irala, elogiou a atitude da presidente. “A gente vê uma grande vontade e um grande investimento que já tem sido feito pelo atual governo no sentido de resolver esse sério problema”, comemorou. Convidou ainda os cristãos a participarem dos conselhos municipais de saúde.
O presidente da Aliança Batista do Brasil, Joel Zeferino, afirmou que o tema ainda é um “grande problema” que não foi resolvido no Brasil. “Antes da epidemia do Zika, nós temos milhares de outros problemas relacionados ao saneamento básico”, lembrou
O arcebispo núncio apostólico da Igreja Ortodoxa Síria, Tito Paulo Tuza, explicou que pedirá aos cerca de 200 mil fiéis da igreja que dediquem cinco minutos a cada missa para falar sobre a necessidade de se evitar o acúmulo de lixo e de água parada em casa.
Campanha pelo aborto
Com o aumento dos casos de microcefalia em filhos de mulheres que contraíram o vírus Zika, há um forte debate sobre a possibilidade de aborto nestes casos.
As lideranças das igrejas afirmam que o tema não foi tratado na reunião com Dilma. Mesmo assim,dizem que há urgência de se aprofundar no assunto. Com informações de Agência Brasil