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Senado deve barrar “pautas conservadoras”

Vitórias da bancada evangélica na Câmara devem ser barradas em breve

xsenado1-320x192.jpg.pagespeed.ic._xqn8jynNuAlgumas das chamadas “pautas conservadoras” que a bancada evangélica conseguiu fazer avançar na Câmara, ao longo deste ano, devem ser barradas no Senado. Contribuem para isso os entraves do sistema bicameral do país e a grande influência do executivo na Casa, presidida por Renan Calheiros (PMDB/AL), aliado de Dilma.

De fato, no início do ano foi criada a “Frente Progressista Suprapartidária”, que reúne PT, PMDB, PSB, PCdoB, PPS, PDT e PSOL. Já fazem parte dela cerca de 30 dos 81 senadores do país. Curiosamente, um dos seus líderes é Lindbergh Farias (PT-RJ) que na eleição para governador no ano passado aproximou-se dos evangélicos, mas acabou se desentendo com várias lideranças por causa das propostas que defende.

Enquanto o país assiste a enxurrada de denúncias sobre o governo que ora ocupa o poder, vários outros assuntos não recebem destaque da mídia. No momento, senadores tanto da base quanto da oposição, acreditam que devem cair em breve propostas como a redução da maioridade penal, modificações no Estatuto do Desarmamento, o Estatuto da Família e a lei que cria dificuldades para o aborto em casos de estupro. Todas precisam passar pelo Senado para virarem lei.

O senador Ronaldo Caiado (DEM/GO) acredita que “diante da crise tão grave como o que vivemos, com temas tão graves para serem decididos, esse tipo de matéria nem vai entrar na pauta aqui no Senado”.

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT/MS) é enfático: “A pauta conservadora, que significa um retrocesso brutal do ponto de vista social, uma verdadeira marcha a ré em conquistas conseguidas a duras penas. Aqui não existem bancadas estratificadas como na Câmara”. Uma alusão clara aos representantes evangélicos da Câmara.

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), faz coro: “Todos nós nos surpreendemos de novo com a Câmara trazendo atraso para a sociedade, aprovando matérias que estimulam o preconceito e empurram o Brasil para o século XIX”.

A única voz dissonante parece ser a do senador Magno Malta (PR-ES) que promete lutar pelas pautas ridicularizadas pelos defensores do governo Dilma. “Entendo que o plenário vai manter o Estatuto da Família nos moldes de Deus, macho e fêmea, homem e mulher. Pode até ter ajuntamento e cooperação de pessoas, mas não podemos sair da exceção para a regra”, provoca. Com informações de O Globo

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