Copa Evangélica resgata vidas através do futebol
Este é o segundo ano do campeonato que junta jogadores evangélicos e não-evangélicos
É possível evangelizar em um campeonato de futebol? Para os organizadores da Copa de Futebol do Amazonas isso não é apenas possível, como tem gerado muitos resultados em Manaus.
O campeonato de 2015 envolveu 1,6 mil atletas, divididos em 25 times que se enfrentaram de uma forma amigável e longe do clima de violência comum no futebol.
“Aqui na nossa cidade, infelizmente a gente vê uma violência muito grande nos campeonatos de bairros. Já a nossa Copa serve para reintegrar vidas à sociedade. São testemunhos de pessoas que cuidavam de boca de fumo, andavam com armas e hoje conhecem a palavra de Deus através do futebol”, disse o presidente da Copa Evangélica, Luiz Mendes.
Diversas denominações participaram das competições que aconteciam sempre às 21h para não impedir os participantes já evangélicos de participarem dos cultos de suas igrejas.
Todo time tinha que ter evangélicos e apenas quatro jogadores poderiam ser de outras religiões ou não serem religiosos. “O melhor de tudo é que esses quatro sempre terminam o campeonato aceitando Jesus, com suas vidas totalmente transformadas”, afirmou Mendes ao Portal da Amazônia.
“Tem um time do Aleixo onde os quatro não-evangélicos eram braço direito do ‘cabo’ que mandava no negócio [tráfico]. Em um dos dias [de jogos], só dois deles foram pro jogo. Os outros dois não resistiram à tentação e acabaram mortos naquela madrugada”, contou o presidente do campeonato.
Um filho de um pastor também foi alcançado através desse evento. “Esse pastor até hoje agradece porque ele não conseguia falar do amor de Deus pro filho dele. Aí ele montou o time e isso fez com que o filho dele largasse a pistola e se reconciliasse com a família”.
O principal trabalho dos missionários da bola é a evangelização, mas isso não impede que os jogadores se esforcem para ganhar a Copa Evangélica que está em seu segundo ano. O jogo da semifinal aconteceu neste domingo (16) estádio Carlos Zamith, no Coroado.