ARTIGOS

Falam demais, sem nada a dizer!

Por Danilo Bertoloto

Olá caros (as) leitores (as), este é o meu segundo artigo de opinião publicado neste tão solene web site.  Depois de ler alguns artigos desta mesma natureza expostos em outros projetos interativos, algo que não fazia há algum tempo, fui substancialmente arrebatado por uma sensação de não pertencimento a este gênero, o de autor de artigos de opinião. E isso muito me incomodou. Creio que emitir opinião sobre algo é não refutar a ideia de que este juízo pode, deliberadamente, subjetivar a formação conceitual de quem nos lê.

Vejamos, somos formados pelo meio, fato decretado pelos behavioristas. Vivemos em uma economia informacional, em redes e global, fato declarado verdade por Manoel Castells e todo o campo científico da sociologia estruturalista. Logo penso que, quanto mais informações produzirmos (nós evangélicos) a cerca de nós mesmos, mais valores agregados teremos enquanto Igreja e seguimento social que somos.

Os cristão da primeira Era, primeira onda missionária, foram perseguidos pelos romanos, elite gayzista, suas casas arderam por conta do fogo de Nero, suas mortes foram espetacularizadas pela política pão e circo dos Césares e martirizados por leões e gladiadores sedentos de sangue.

A segunda onda missionária veio com Willian Carey em 1792 na Inglaterra tendo a Revolução Industrial como pano de fundo, neste contexto histórico a navegação marítima possibilitou que o evangelho fosse pregado em diversas regiões costeiras aos redores deste planeta. Atribui-se a Carey a inauguração do que conhecemos como missões modernas. Os evangelizadores desta segunda onda missionária foram perseguidos por índios, feitos prisioneiros, mortos por doenças infectocontagiosas e etc. Depois veio a terceira onda missionária, suas lutas, suas vitórias, agora no interior dos continentes, nas realidades urbanas e rurais dos países onde atingiu.

Entendo que vivemos a quarta onda missionária, fruto de um processo espiritual, movido pelo Senhor Jesus e implantado no coração da Igreja. E esta conjuntura missiológica me faz entender que o inimigo continua o mesmo, o que efetivamente mudou, foram as estratégias, antes lutávamos, nós cristãos, para não sermos estraçalhados por leões e rasgados pelas lâminas dos gladiadores, depois  contra índios e doenças. Agora a nossa relação de negação para com as trevas, além da luta espiritual, é a guerra intelectual, ideológica, no campo das ideias. A estratégia de satanás mudou, o mundo cambiou por processos diferentes entre as relações de poder, a informação agora é determinantemente fundamental para qualquer tomada de decisão.

Por tanto, concluo que se abrolharmos informações que dividem nossas forças certamente seremos vencidos pelos conceitos sádicos das trevas, que a todo momento nos impelem ao pecado e à morte. Morte espiritual, morte aos fraternos laços de amor, morte ao amor pelo Reino de Cristo e por fim, morte ao relacionamento sincero entre Jesus Cristo e a Igreja.

Recuso-me neste sentido de emitir eventual opinião sobre pastores, líderes, denominações, cantores gospels, teologias (ainda que particularmente discorde  de várias), me recuso a produzir informação contra a noiva de Cristo.

Abdico-me de discursar contra realidades que não conheço, músicas que não escuto, teologias que não vivo e práticas cristãs que não exerço, mesmo que minha recompensa seja a certa e mais absoluta anonimidade.

Emito opinião e denuncio sim, as estratégias de satanás para matar o propósito de Deus para a sua Igreja, deflagro com veemência o pecado desta sociedade e a tentativa dos abutres do diabo de implantar em nossas crianças, adolescentes e jovens a forma deste mundo caído, nem que, para isso, seja necessário publicar diariamente textos característicos.

E por fim, dirijo-me aos ilustres irmãos e irmãs que como eu escrevem e publicam suas opiniões em projetos hipertextuais para o fluxo de informações, quanto mais subsídios negativos produzirmos sobre nossa realidade cristã contemporânea, maior será a capacidade de argumentação ideológica das trevas e de seus agentes, além de que abstrair tão somente sobre o absolutismo bairrista do seu próprio umbigo é indigno de qualquer respaldo, respeito, importância, relevância e assim por diante.

“As opiniões e textos aqui publicados são de total responsabilidade dos autores”

autor(a)

Danilo Bertoloto

Danilo Bertoloto

Mestre em Estudos de Cultura Contemporânea pela UFMT, publicitário, professor universitário, é líder de adolescentes, idealizador do Congresso Metanóia, marido apaixonado, pai coruja do Davi, adorador incondicional de Jesus, bem como eterno morador de seu Reino.

 

 

Fonte: Gospel Prime

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